Foto: João Barreto
Projeto de Educação Ambiental tem como objetivo conscientizar e apresentar a área de restinga
Emelly Titoneli Barcelos, moradora do Lagomar, e Mychaelle Gonçalves Prata, que mora no Barreto, já perderam a conta de quantas vezes viram o mar. Alunas do 7º ano, da Escola Municipal Olga Benário Prestes, tem o vai e vem das ondas como companheiro na paisagem cotidiana. Entretanto, a partir do hoje, o olhar para a praia nunca mais será o mesmo.
Pablo Manoel Teixeira, de 12 anos, também é um dos alunos que participou, nesta quinta-feira (3), do projeto de Educação Ambiental que tem como objetivo conscientizar e apresentar a área de restinga, a fauna e a flora, às crianças que vivem no entorno dos bairros do Barreto e Lagomar.
- Eu acho interessante essa aula prática, porque aprendemos de perto. O que mais chamou minha atenção foi a diversidade das plantas na restinga, como as flores de cor roxa e os cactos. E sobre a preservação do ambiente. É uma injustiça o desmatamento, pois os homens tiram as plantas e no final prejudicam eles próprios, e todos nós sofremos as consequências do desequilíbrio ambiental causado -, ressaltou o aluno.
A ação é da Secretaria de Ambiente e, de acordo com o secretário da pasta, Gerson Martins, aproxima a população da importância das restingas para manter o equilíbrio natural em Macaé.
- A restinga é um ecossistema costeiro que faz parte da Mata Atlântica, abrigando espécies de animais e plantas, até mesmo espécies ameaçadas de extinção. A restinga, além de abrigar uma biodiversidade interessante, ainda desempenha uma grande proteção contra os avanços do mar - explica Gerson.
A escola Olga Benário foi selecionada por estar localizada na região de restinga, segundo o coordenador do setor de Biodiversidade, Gestão das Águas e Território, da secretaria de Ambiente, Sávio Magaldi. Geógrafo, Sávio é o "professor" da garotada, ao lado de Evelyn Raposo, durante uns 50 minutos. Ele divide a aula em duas etapas: teórica e prática.
- Fazemos esse trabalho desde novembro do ano passado, com diversas ações. E estamos focando nas áreas de restinga, por isso, elaboramos uma estratégia com uma intervenção que não é longa. Apresentamos aos alunos o que é a restinga e os impactos externos, a localização da escola naquele lugar, falamos sobre a vegetação e a fauna que existe ali. Dessa forma, eles se apropriam do conhecimento - explica Sávio.
No fim deste mês, o projeto vai focar a Lagoa de Imboassica, com alunos de quatro a seis anos da Educação Infantil.