Foto: Rui Porto Filho
O atendimento segue nesta sexta-feira (30), até às 15h
As ações do Projeto Roda Hans - Carreta da Saúde tiveram início na manhã desta quinta-feira (29), na Praça Washington Luiz. Quem passou pelo local teve a oportunidade de fazer o teste e verificar se possui a doença Hanseníase. Em caso de diagnóstico positivo, o paciente já inicia o tratamento imediatamente. O evento é uma parceria entre o Ministério da Saúde, secretarias Estadual e Municipal de Saúde. Houve a participação também de estudantes dos cursos de medicina, nutrição, enfermagem e fisioterapia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), Campus-Macaé.
O motorista Adalberto de Souza aproveitou a oportunidade para fazer o teste e tirar dúvidas sobre umas manchas que surgiram em suas pernas há um ano.
"Vi a carreta e decidi aproveitar para fazer uma consulta com o especialista e saber o que elas são. Elas não doem mas, esteticamente, me incomodam muito", disse.
Já a dona de casa Maria Cristina Mancebo, conta que estava passando pelo local e foi abordada por uma equipe de estudantes da UFRJ e resolveu fazer o teste. "Tenho essas manchas brancas pelo corpo. Não sei o que são e todas as vezes que um animal me pica fico com coceiras", afirmou.
No caso do aposentado José Manhães, que veio com a equipe de saúde do município de Quissamã foi para acompanhar o tratamento da Hanseníase. Ele conta que em 2012 começou a ter problemas nas articulações e surgiram em seu corpo vários caroços.
"Inicialmente pensei que eram verrugas mas, ao procurar um especialista foi pedido uma biópsia e foi constatado que estava com Hanseníase. Iniciei o tratamento imediatamente e hoje procuro o atendimento médico para me certificar que a doença está controlada", contou.
A esposa de José Manhães, a professora Lenilda Manhães, conta que ela e toda a família teve que passar por atendimento médico, para verificar se houve o contágio pela doença.
"É importante que as pessoas procurem o médico e não se automediquem. No caso do meu marido, o diagnóstico foi tardio. Mas se houver qualquer dúvida é importante procurar uma unidade de saúde mais próxima de casa o quanto antes", alertou.
A gerente em Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde, Daniela Bastos, explica que o diagnóstico é clinico e as pessoas atendidas e diagnosticadas com a doença já saem do local com encaminhamento para o atendimento de referência. "A carreta conta com uma mini farmácia e eles já saem daqui com o medicamento em mãos", diz.
Ela acrescentou ainda que o evento foi importante pois, além de possibilitar o diagnóstico precoce da doença, o projeto serviu também para capacitação de profissionais da Atenção Básica de Macaé, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus.
Programa de Vigilância e Controle funciona no Jorge Caldas
O coordenador do Programa de Vigilância e Controle e também professor do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maurício Zampieri, destacou que a parceria entre os Ministério da Saúde e as secretarias Estadual e Municipal é fundamental para garantir à população acesso ao diagnóstico precoce da doença.
"O tratamento é feito por meio de antibióticos que poderá ser de seis a um ano. No entanto, o paciente deverá ser acompanhado por cinco anos para verificar se a doença foi eliminada. É bom ressaltar que os familiares também devem ter acompanhamento médico. A doença não mata, mas traz danos alterações motoras", esclarece.
As ações do Projeto Roda Hans - Carreta da Saúde prosseguem nesta sexta-feira (30), até às 15h. Quem quiser mais informações sobre o assunto, ou até mesmo fazer o teste no município, poderá comparecer ao Programa de Vigilância e Controle funciona no Centro de Saúde Dr. Jorge Caldas, de segunda a sexta-feira, de 8h às 17h.