Análises do laboratório da Esane garantem a qualidade da água

03/07/2015 16:13:00 - Jornalista: Maria Izabel Monteiro

Foto: Maurício Porão

Laboratório de Controle da Qualidade da Água foi montado pela prefeitura

A população da serra macaense conta com o apoio do laboratório da Esane, que realiza o monitoramento da água consumida pela população, realizando periodicamente a análise da água que abastece as residências.

O Laboratório de Controle da Qualidade da Água foi montado pela prefeitura, por meio da Empresa Pública Municipal de Saneamento (Esane), na base da empresa, próxima à Estrada E-9, no Novo Horizonte e é um aliado da prefeitura no saneamento básico da serra.

A Esane, responsável pelo saneamento básico da região serrana, cuida do esgoto e da água, opera 12 sistemas de abastecimento de água na região e, dentre eles, duas são estações completas de tratamento, a ETA de Córrego do Ouro e a ETA de Trapiche, servindo a cerca de dez mil pessoas.

Onde não há estações, existem as Unidades de Tratamento Simplificado. Tanto nas Estações quanto nas Unidades, o monitoramento é feito através de um roteiro de coleta, de forma rotineira, uma vez a cada dois dias. No primeiro dia, a coleta é realizada em Córrego do Ouro e região das Bicudas e no outro, Sana a Trapiche. Para realizar o trabalho, o laboratório conta com um veículo da Esane, que leva os técnicos da empresa aos locais de captação e a vários pontos de distribuição. Eles recolhem amostras da água, conduzidas ao laboratório para análise.

O monitoramento da água é uma ação de saúde pública, já que a água tratada diminui risco de doença de veiculação hídrica. O funcionamento do laboratório é importante para acompanhar os padrões de potabilidade e verificar se estão de acordo com os padrões de qualidade, atendendo à Portaria do Ministério da Saúde 2914/214, que determina que toda água destinada a consumo humano, distribuída coletivamente por meio de sistema de abastecimento de água, deve ter controle e vigilância da qualidade.

O trabalho é dividido em cinco etapas: coleta de água nas saídas dos sistemas e nas redes de distribuição; processamento das amostras; leitura dos resultados; análise dos resultados e orientações à operação, se necessário. Os parâmetros realizados são físico-químico (cor, turbidez, pH e cloro); bacteriológicos (colimetria e bactérias heterotróficas) e ainda análises do alumínio, dureza, cloreto e alcalinidade.

Depois das análises, os dados originam relatórios mensais de cada localidade e são enviados aos órgãos de Vigilância e Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Vigiágua), secretaria de Saúde de Macaé e para os mecanismos de controle social, como a Sanapa e o Commads.



Cerca de 1,1 mil análises foram realizadas neste ano


O laboratório, que conta com o trabalho da bióloga Patrícia Toledo, das técnicas Alcilene Guimarães, Fátima Barbosa e Maria Alessandra Bastos e um motorista, processa cerca de 220 amostras/mês nos sistemas de abastecimento de água da serra. Este ano já foram realizadas 1.182 análises.

Segundo a bióloga Patrícia, se qualquer ponto da rede de distribuição apresentar bactérias do grupo coliformes totais, é feita a recoleta no ponto problemático, sendo um ponto antes e outro depois, para que a causa seja investigada e o problema solucionado, através de orientações às equipes de rua para as providências necessárias. Posteriormente, para averiguar as condições sanitárias da água, é feita uma recoleta que mostre se o problema foi resolvido.

De acordo com a Esane, a importância do laboratório se evidencia, já que o monitoramento da água, além de levar conforto à população, é também uma ação de saúde pública, visto que a água tratada diminui os riscos de doença de veiculação hídrica. Mas não basta tratar a água, é preciso acompanhar os padrões de potabilidade e se ela está de acordo com os padrões de qualidade que atendam à Portaria do Ministério da Saúde número 2914/214.

Antes de montar o próprio laboratório, a Empresa de Saneamento teve como parceiros diversos laboratórios para monitorar a qualidade da água da serra. A Cedae, o IMMT e o laboratório da Estácio de Sá foram parceiros.

Depois disso, já a partir de setembro de 2013, a empresa montou o seu próprio espaço.

- O laboratório mostra a importância que o município dá à melhoria no saneamento básico, que não é só tratar o esgoto, mas também vigiar e tratar a água. É preferível não dar água do que oferecer água sem monitorar a qualidade -, pontuou o presidente da Esane, Marcos Muffareg.


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