Foto: Ana Chaffin
Atividades com cavalos estimulam desenvolvimento psicomotor dos beneficiados
Um espaço que promove a qualidade de vida para pessoas com necessidade de desenvolvimento físico, psicológico e social. Assim é o Centro de Equoterapia de Macaé (CEM) que funciona no Parque de Exposições Latiff Mussi Rocha. Cerca de 200 famílias recebem o serviço, entre crianças, adultos e idosos, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O tratamento é direcionado a pessoas com paralisia cerebral, síndrome de down, autismo e outras indicações médicas para um trabalho complementar que busca a evolução da psicomotricidade, por meio de atividades lúdicas com cavalos.
A dona de casa Elisângela Rodrigues dos Santos tem uma filha, de seis anos, que nasceu com hidrocefalia. "Ela faz sessões de equoterapia há dois anos e um mês. O serviço mudou a vida da minha filha completamente. Hoje, ela melhorou o equilíbrio, visão, independência, evolução na escola, além de já ficar em pé e se alimentar sozinha. Recebemos tudo isso, gratuitamente, com uma equipe dedicada. Isso transforma a vida de qualquer um", destaca.
O subsecretário de Agroeconomia, Marcelus Siqueira, afirma que o espaço conta com cavalos preparados e toda estrutura necessária para a terapia. "A ideia é, por meio do serviço humanizado, promover a evolução dos praticantes da equoterapia que, no dia 12 de julho, completará três anos", afirma.
De acordo com a coordenadora do CEM, Marcele Souza Maia, a utilização do cavalo é um método de terapia com vários benefícios: melhora o equilíbrio e a postura; desenvolve a coordenação de movimentos entre tronco, membros e visão; estimula os órgãos do sentido; promove organização e consciência do corpo; motiva o aprendizado; aumenta a capacidade de independência e de decisão.
- Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas da saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais - explica a coordenadora.
A equoterapia funciona com uma equipe multidisciplinar formada por condutores, fisioterapeutas, fonoaudólogos, psicólogos, tratadores e educadores de animais. O treinador Neilton da Conceição Félix trabalha com cavalos há 30 anos. "O nosso serviço envolve pessoas especiais, por isso, é importante que o animal esteja adestrado para a atividade. É necessário perceber a confiança para realizarmos esse trabalho", frisa.
A dona de casa Cátia Cilene Santos da Silva tem uma filha de três anos com síndrome de down. A paciente frequenta a equoterapia desde os sete meses. "Com dois anos e meio ela começou a andar, interagir e desenvolver a fala. Isso é muito gratificante para nós", revela.
Para participar do programa, é necessário comparecer ao Parque de Exposições Latiff Mussi Rocha com documentos de identificação e encaminhamento médico para cadastro na fila de espera.