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Conquista: município desapropria área da restinga da Praia do Pecado

30/04/2014 17:39:00 - Jornalista: Joice Trindade

Foto: Arquivo Secom

A finalidade é proteger e conservar as características naturais e ambientais

Saldo positivo para o meio ambiente local e da região. Foi publicado o decreto nº 054-2014, que declara a desapropriação, em regime de urgência da área da restinga da Praia do Pecado. A desapropriação é uma das metas do Governo Municipal, que tem como finalidade proteger e conservar as características naturais e ambientais da área que faz parte do Bioma da Mata Atlântica, permitindo assim reforçar o desenvolvimento sustentável para melhor atender a população.

A área, com aproximadamente 170 mil metros quadrados, que também abrange uma extensão da Marinha, se confronta com a areia da praia do Pecado, de um lado, e com a Rodovia Amaral Peixoto, além do bairro Cavaleiros. Diante da desapropriação, o município vai reforçar estudos minuciosos das condições ambientais da restinga com vistas à elaboração do Plano de Conservação e Preservação, que será levado para debate junto à comunidade. A intenção é discutir o assunto para implementar a Unidade de Conservação do Parque Natural Municipal da Restinga da Praia do Pecado, com a meta de priorizar a preservação, conservação e uso sustentável para uma relação harmônica entre a população e a natureza.

Na área da restinga da Praia do Pecado encontram-se duas espécies que fazem parte da lista oficial da flora ameaçada de extinção como o Quixabeira, cujo nome científico é Syderoxylum obtusifolium; e Pimenteira, com nome científico Jacquinia armillaris.

Além disso, a extensão também conta com o Sabiá da Praia (Mimus gilvus), ave em risco de extinção no estado do Rio de Janeiro. A restinga da Praia do Pecado também tem uma grande quantidade de vegetação exótica. De acordo com a Secretaria de Ambiente, a área também tem importância estrategicamente geográfica na manutenção do equilíbrio de inúmeras espécies presentes no litoral de Macaé.

A área da Restinga da Praia do Pecado passou por estudos técnicos dos técnicos da secretaria de Ambiente e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “A restinga é formada por um tipo de vegetação característica das áreas litorâneas, adaptada a condições climáticas e especiais como vento, escassez de água, solos bastante permeáveis e alta salinidade. Esta formação vegetal faz parte do Bioma Mata Atlântica, considerado atualmente um dos hotspot mundiais, ou seja, área com rica biodiversidade e endemismo, onde encontram-se ameaças, se tornando prioritárias para conservação”, ressaltou.

Conforme registros da secretaria de Ambiente, a importância geográfica e de conservação da Restinga da Praia do Pecado é uma das conquistas do município, que conta com várias áreas ainda preservadas ou que foram recuperadas. Entre elas estão as restingas da Praia do Barreto; Fronteira e Pontal; além da Floresta do Forte Marechal Hermes e os Cordões de restinga das praias Campista e Cavaleiros; e da praia do Pecado.