Foto: Rui Porto Filho
Novos integrantes tomaram posse na Comissão de Convivência da unidade municipal Engenho da Praia
Em Macaé, a parceria da família com a escola é utilizada como ferramenta ideal para assegurar a permanência do aluno na escola e combater a evasão escolar. Prova disso são as formações dos Conselhos Escolares e das Comissões de Convivência, que envolvem pais ou responsáveis pelos estudantes da rede municipal. Em ambas as composições, eles podem melhor acompanhar o funcionamento da escola, contribuindo não apenas para o desenvolvimento do processo de ensino, mas para melhorias do espaço escolar.
A Comissão de Convivência é responsável por intermediar a ação da escola e dos mediadores de conflito, ouvir as partes envolvidas e propor novas estratégias. Nesta sexta-feira (3), a posse aconteceu na unidade municipal Engenho da Praia. Na próxima sexta-feira (10) será na Escola Municipal Olga Benário Prestes (São José do Barreto).
A formação das comissões é aprovada pelos responsáveis do alunos. Cláudio Márcio Gomes Moledo é um deles. Pai de Ariel Clemente Gomes Moledo, do 8º ano, ele afirma que a comissão de convivência será muito importante para o acompanhamento da vida escolar dos alunos. "Poderemos ajudar a gestão da escola. Saber o que está acontecendo e contribuir em opiniões e ações, que visam a redução de possíveis conflitos. Com certeza, toda a escola vai ganhar com a formação da comissão de convivência", destaca.
Para a diretora do Colégio Municipal Engenho da Praia, Ivone de Jesus, a Comissão de Convivência visa fortalecer o andamento do processo ensino-aprendizagem. "Queremos uma escola com justiça, paz e alegria. Queremos não precisar de mediação de conflitos. Agradecemos o interesse da comissão da convivência por desejar atuar em prol da escola", comenta. Participaram da posse a mediadora Andrea Nobre, a coordenadora de Matemática do 6º ao 9º ano, Vanessa Arenari, alunos e profissionais da escola.
Mediação - Já as Comissões de Convivência atuam junto à mediação de conflitos nas escolas municipais. São responsáveis por intermediar a ação da escola e dos mediadores de conflito e ouvir as partes envolvidas propondo novas estratégias. Neste segundo semestre, as comissões vão atuar nos seguintes espaços escolares: Ciep Municipal Maringá, Colégio Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel, Olga Benário Prestes, Samuel Brust e Engenho da Praia.
Participam da comissão seis representantes da direção, professor, conselho escolar, alunos, responsáveis e técnico (supervisor, orientador educacional ou pedagógico). A comissão de convivência será acionada em casos específicos. "Se acontecer um conflito, os orientadores educacionais e pedagógicos vão atuar. Além disso, as famílias dos envolvidos serão acionadas. Mas, se o problema persistir, a comissão de convivência será acionada. Se o caso não for solucionado, a comissão deve chamar as mediadoras da secretaria de Educação", explica a mediadora Andrea Nobre. Ela explica, ainda, que os mediadores conduzem o processo de comunicação entre as partes, buscando o entendimento, consenso e facilitando a resolução do conflito.
Diante da mediação de conflito, cada escola vai desenvolver um projeto de convivência escolar. O objetivo é melhorar as relações interpessoais e incentivar diálogos para resolução de conflitos, através da convivência respeitosa na comunidade escolar e atende a recomendação do termo de cooperação firmado com o Ministério Público, em 2017. Outra proposta é buscar alternativas para mediar conflitos e casos de violência, melhorar as relações interpessoais e incentivar o diálogo para resolução das situações-problema.
Podem ser objeto de uma mediação os conflitos entre alunos, entre estudantes e professores, entre professores, pais e professores e demais profissionais da escola. Entre os exemplos de conflito estão: casos como indisciplina, bullying, casos de violência, brigas, rivalidade entre grupos, perda ou dano de bens escolares, assédio sexual, discriminação, autoritarismo, falta de comunicação e omissão.
Conselhos - Já o Conselho Escolar, realizou, nesta semana, cerimônia de posse dos integrantes no Colégio Municipal Elza Ibrahim (Ajuda). O conselho é composto por representantes da comunidade local, aprovados pelos atendidos na unidade, profissionais da escola, no caso os professores efetivos e servidores; alunos regularmente matriculados a partir de 12 anos, pais e/ou responsáveis.
De acordo com a secretária de Educação, Leila Clemente, a previsão é que, neste ano letivo, um total 1.200 conselheiros, entre titulares e suplentes, façam parte dos conselhos para um mandato de dois anos, com direito à reeleição por mais um ano. O processo eleitoral conta com parceria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que vai ceder urnas para as eleições.
Durante sua atuação, o conselheiro escolar também terá a oportunidade de acompanhar a execução do calendário escolar, ter acesso aos resultados das avaliações internas e externas da escola, propor ações de melhoria do processo ensino-aprendizagem e buscar a melhoria das condições de infraestrutura, materiais didáticos e pedagógicos, e ainda participar da elaboração do Projeto Político-Pedagógico.