Foto: Rui Porto Filho
Proposta foi passar informações sobre o vírus, sinais, sintomas e cuidados
Informação e prevenção são armas importantes no combate ao coronavírus (Covid-19), que já infectou oficialmente (até a manhã desta quarta-feira, 11) 35 pessoas em todo o país. Partindo dessa premissa, o prefeito Dr Aluizio se reuniu, nesta manhã, com representantes de escolas particulares de Macaé. O encontro foi no auditório Claudio Ulpiano, na Cidade Universitária, e contou com a participação da Secretária de Saúde, Deusilane Galiza, e da gerente de vigilância em saúde, Daniela Bastos.
Semelhante à reunião com as escolas públicas, no último dia 3, a proposta foi passar aos participantes informações sobre o vírus, sinais, sintomas e cuidados que devem ser tomados nas escolas, e esclarecer dúvidas.
Médico neurocirurgião, Dr Aluizio falou sobre a importância de se ter ações pontuais para a prevenção no ambiente escolar e de se trabalhar com o que já se conhece sobre a doença. Ele falou ainda que, uma medida segura para a escola será sugerir aos pais que deixem as crianças (que voltaram de viagem de lugares com muitos casos ou que porventura tenham algum sintoma) em quarentena em casa.
"É uma doença bem nova e ainda não existe uma experiência pessoal sobre o vírus, mas sim, global, com protocolos já estabelecidos. Então, temos que acompanhar o que a ciência já diz, o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) já sabe. Essa é a responsabilidade de cada um de nós. A palavra do professor vai além da sala de aula e cada aluno alcança mais pessoas da família. Uma das ações é orientar bem a lavagem das mão. Precisamos informar e prevenir", explicou o prefeito.
A secretária de Saúde, Deusilane Galiza, acrescentou que a expectativa é que o número de casos aumente com o decorrer dos dias e com a mudança de temperatura. "O Brasil está conseguindo controlar muito bem isso. Em breve, qualquer paciente, mesmo sem ter viajado para lugares com casos registrados, se aparecer com dificuldades respiratórias, já teremos que ficar atentos e poderá ser um caso suspeito", ressaltou.
Segundo a gerente de vigilância em saúde, Daniela Bastos, para a reunião desta quarta-feira (11) foram convidadas 42 escolas. Ela frisou que, no mundo, já são 116 mil casos confirmados, com mais de quatro mil mortes. "No Brasil temos 35 casos confirmados, mas 900 suspeitos. Desses, 700 já foram descartados. Os principais sintomas são tosse, febre e dificuldade de respirar. O vírus fica incubado por 2 a 14 dias, até aparecer os primeiros sintomas. Mas já se sabe que é possível haver transmissão antes dos sintomas. O tratamento existente é repouso, uso de antitérmico e analgésico e umidificador de ambiente, para ajudar a respiração", citou.
Daniela informou ainda que é importante sempre buscar informações em sites e órgãos confiáveis, como o do Ministério da Saúde e demais sites oficiais. Dúvidas também podem ser esclarecidas com a Divisão de Vigilância Epidemiológico pelos telefones (22) 2763-6332 e 2763-6330 (ramal 210) ou pelo e-mail epidemiomacae@yahoo.com.br.
O que é coronavírus? (COVID-19) - Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).
Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
Como é a transmissão? - As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas existe a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como prevenir o contágio? O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.