Foto: Guga Malheiros
Ação faz parte da frente de trabalho do defeso do camarão e da piracema
"Riscos ocupacionais da atividade costeira" foi o tema da palestra que aconteceu na manhã desta sexta-feira (6), no auditório do Paço Municipal, com a presença de 300 pescadores. A ação faz parte da frente de trabalho, uma contrapartida pelo salário mínimo que os pescadores recebem durante o defeso do camarão e da piracema, que começou em março e termina no dia 31 de maio: três meses sem pescar essas espécies.
O encontro contou com a presença da médica ocupacional e palestrante Maria Christina Menezes. Ela abordou temas importantes para a saúde do pescador, como a doença do sono, exposição ao sol, posição correta para pegar peso, riscos com o barulho do motor, entre outros.
Pescador há 14 anos, Pedro Lima, 34 anos, elogiou a palestra e disse que esses simples atos são fundamentais para a saúde do profissional de pesca. "Descobri que é necessário utilizar um chapéu maior, que também cubra a face, onde, geralmente, ocorre o maior índice de câncer de pele", pontuou.
Também estiveram presentes representantes do Projeto Pescarte, vinculado ao Programa de Educação Ambiental da Bacia de Campos, o PEA-BC, que tem como sua principal finalidade a criação de uma rede social regional integrada por pescadores artesanais e por seus familiares, buscando, por meio de processos educativos, promover, fortalecer e aperfeiçoar a sua organização comunitária e a sua qualificação profissional, bem como o seu envolvimento na construção participativa e na implementação de projetos de geração de trabalho e renda.
As frentes de trabalho também incluem atividades como limpezas de patrimônios ambientais, como o Rio Macaé, o cais do Mercado de Peixes, o Pontal, a praia da Barra, o Canal Macaé - Campos e a Ilha do Francês. Os pescadores participam também de curso sobre como retirar a carteira de pescador profissional; workshop sobre beneficiamento de pescado, palestras sobre educação ambiental, conservação de pescado a bordo e outras orientações. O objetivo de toda essa ação é minimizar os efeitos sociais do desemprego no município decorrente da paralisação periódica dessas atividades, uma vez que a pesca é uma das atividades econômicas tradicionais de Macaé.
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