Foto: Andréa Lisboa
Grupos finalistas do projeto Feira de Ciências das Escolas Públicas de Ensino Médio de Macaé apresentam trabalhos considerados excelentes
Uma Comissão Técnica formada por docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Macaé) julgaram pelos critérios da Feira Nacional de Ciência e Tecnologia os trabalhos pré-selecionados de quatro escolas que foram expostos e apresentados na tarde desta terça-feira (22), no Instituto Macaé de Ciência de Tecnologia (IMCT). Os grupos finalistas do projeto Feira de Ciências das Escolas Públicas de Ensino Médio de Macaé deste ano apresentaram trabalhos considerados excelentes e suas escolas receberam o Selo Escola Amiga da Ciência 2016. O trabalho vencedor foi o "Planejamento Biossustentável", do Colégio Estadual Dr. Télio Barreto, na Aroeira.
Também ganharam o Selo o Colégio de Aplicação da Fundação Educacional de Macaé – CAp/Funemac, na Granja dos Cavaleiros; o Ciep 393 Brizolão Pref. Carlos Emir Mussi, na Aroeira; a Escola Estadual Rachel Reid Pereira de Souza, no Centro. Com olhos brilhando e quase sem palavras, o grupo formado pelos estudantes Fernando Xavier, Daniela Oliveira e Lucas Vieira, orientados desde setembro pela professora Luiziania Corrêa da Silva, receberam os prêmios. A maquete foi uma proposta de Fernando, que sonha em ser arquiteto. "Desde o início do ano já queríamos saber se haveria feira de ciência. Nós gostamos de participar", diz.
O presidente do IMCT, Joelson Tavares, disse que o interesse da gestão é fazer com que o conhecimento chegue a todos e que oportunidades sejam dadas àqueles que desenvolvam um interesse científico. "Macaé teve grandes avanços como sede de universidades públicas que desenvolvem pesquisas. Estas instituições têm políticas inclusivas para estudantes oriundos de escolas públicas. Isso é importante para que igualemos as oportunidades e assim possamos efetivar sonhos. Queremos cada vez mais alunos de Macaé nestes espaços e contribuindo para a ciência e a tecnologia de nosso país", destaca.
Durante as apresentações, o clima era de integração. Os estudantes de um colégio buscavam conhecer e até experimentar a pesquisa do outro. Isto porque dois dos trabalhos foram voltados para o tema da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia deste ano: "Ciência alimentando o Brasil". Um deles, o do Ciep 393, ofereceu, além de uma deliciosa empada de "carne" de jaca, que se assemelha ao palmito, e do brigadeiro de biomassa de banana verde, livreto com receitas. Também a Escola Rachel Reid trabalhou a alimentação saudável, distribuindo amostras.
Já o CAp/Funemac apresentou o problema "Poluição Luminosa", desde o prejuízo na reprodução de vagalumes a alterações nos níveis hormonais das pessoas (o que pode acarretar até doenças graves), passando ainda por sua influência negativa sobre as pesquisas astronômicas. A aluna do 2º ano, Mislene Fontão (17), falou sobre sua participação na Feira "É uma oportunidade de conhecermos o ambiente científico e ainda o trabalho que está sendo desenvolvido em outros colégios, adquirir novos conhecimentos e também difundir nossa pesquisa que propõe um debate ambiental", conta.
O evento, que é aberto ao público, teve a presença de pais, avós e membros das comunidades. Daniel Gaspar (7), estudante do 1º ano do Ensino Fundamental, acompanhava a mãe, que é professora. Observava atentamente aos trabalhos e disse que vai tentar reproduzir a maquete vencedora com seus brinquedos. Frisou que quando a mãe fizer outro convite para Feira de Ciência não irá recusar porque já estava determinado. "Quero ser cientista", revela.
Depois das apresentações, os alunos conheceram o Laboratório Integrado de Microbiologia IMCT/ UFRJ, que está na sede do instituto e também os demais do Programa de Pós-Graduação em Bioativos e Biociências da UFRJ/Macaé (PPGProdBio), com cursos de Mestrado e Doutorado.