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Cerimônia de entrega reuniu 23 alunas, professores, pais, amigos e padrinhos
A Escola Municipal de Dança (EMDança) realizou, na quarta-feira (16), a cerimônia de entrega da Sapatilha de Ponta a 23 alunas, reunindo professores, pais, amigos e padrinhos numa emocionante festa. Na oportunidade, a diretora da EMDança, Ivana Mussi, ressaltou a importância da dedicação e disciplina de um bailarino: "A dança não é um caminho fácil, haverá dor, unhas quebradas, cansaço, mas o amor pelo que escolheu e o resultado valem todo o esforço para a realização desse sonho".
Para o professor de balé, Eduardo Muri é gratificante o momento, pois o trabalho é diário com uma clientela de diferentes culturas, modos e educação. "É preciso paciência e disciplina, lapidar e acreditar que todos somos capazes. Com isso, o resultado será positivo, orgulhoso da dedicação dessas meninas", pontuou.
O momento da entrega emocionou a plateia. "Um novo estágio, novos desafios", assim definiu Ester Ferreira que junto com sua irmã gêmea, Sara receberam a sapatilha. A mãe das gêmeas Lucima Severo, se emocionou ao descrever o momento.
- Vejo nelas um pouco do meu sonho, sempre quis estudar balé, dançar, mas não tive oportunidade e minha vida tomou outros rumos. Muito orgulhosa de tudo que elas conquistaram e o que ainda estão por conquistar. Parabéns a toda equipe da Secretaria de Cultura e aos funcionários da escola por essa oportunidade, registrou.
De acordo com a secretaria, a primeira aula de ponta é, sem dúvida, um dos momentos mais emocionantes para um bailarino. A sapatilha de ponta faz ele se sentir especial, é o símbolo que comprova que o esforço e dedicação valem a pena.
História da sapatilha de ponta
O nascimento da sapatilha de ponta moderna aconteceu no século XX com a russa Anna Pavlova, uma das bailarinas mais famosas e influentes de sua época. Pavlova tinha o colo de pé muito arqueado, deixando-a vulnerável a lesões ao dançar nas pontas. Também tinha pés alongados e cônicos, resultando em excesso de pressão aos dedos grandes. Para compensar, ela inseriu solas de couro em suas sapatilhas como reforço extra, achatou e endureceu a área dos dedos formando uma caixa ou "box". Como esta prática permitiu que a dança nas pontas ficasse mais fácil para ela, foi considerada por outras bailarinas como "trapaceira".
Com o passar do tempo, a dança exigiu que ela fizesse mais movimentos na ponta e quanto mais a coreografia exigisse, mais teria que exigir da sapatilha de ponta. A palmilha se tornou mais dura, as caixas cada vez mais reforçadas e a plataforma mais larga.
Porém, como conseguir uma sapatilha suave o bastante para os saltos, mas suficiente forte para os movimentos realizados? Uma sapatilha de ponta nova é dura porque a palmilha e a caixa são excessivamente fortes.Quando a sapatilha se torna “quebrada” (termo usado ao amolecer a sapatilha e moldar no pé), os pés conseguem realizar a subida e descida das pontas necessárias para a execução dos movimentos.