Parceria entre a Coordenadoria Extraordinária de Igualdade Racial (Cepir) e a secretaria de Educação coloca em prática o curso "A inserção da temática das relações étnico-raciais no currículo da Educação Básica" na sede da secretaria. Especialistas em estudos africanos, afro-brasileiros e indígenas orientam 20 professores da rede municipal. As aulas seguem até o mês de junho.
A programação é ministrada pelas representantes da Coordenadoria Extraordinária de Igualdade Racial (Cepir), e do Programa de Cultura Afro-brasileira e Indígena da subsecretaria de Educação na Saúde, Cultura e Esporte.
A principal proposta é instrumentalizar os educadores do município com as novas metodologias e informações para trabalhar com a temática das relações raciais, inserindo o indígena (Lei 11645/08). Esta é uma lei complementar à Lei 10.639/03, que institui a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.
A coordenadora da Cepir, Zoraia Braz, assinalou que a iniciativa de efetivar o curso de formação é reforçar a determinação do Plano Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. “Além do mais, entendemos que a Cepir é o órgão facilitador da implementação dessas leis”, explica. Ela lembra ainda que a primeira edição do curso implementado no ano de 2014 contemplou somente a temática africana e afrodescendente. “Neste ano, houve ampliação do tema, devido à inclusão de conteúdos indígenas”, avalia.
Segundo a subsecretária de Educação na Saúde, Cultura e Esporte, Cláudia Regina Ribeiro Campos, a intenção é destacar o ensino da história e cultura afro-brasileira e inúmeras etnias que fazem parte da sociedade. "A coordenação do programa está investindo em formações específicas, que servem para melhor discutir a aplicação das leis de âmbito federal junto aos professores da rede municipal", ressalta.
Práticas pedagógicas são incrementadas
De acordo com a coordenadora de Programas e Projetos de Formação Continuada da secretaria de Educação, Regina Célia Nascimento, a finalidade do curso é incentivar os professores na sistematização do trabalho com a temática no cotidiano escolar e ainda subsidiar suas práticas pedagógicas.
Para a professora participante, Nair dos Santos, que está fazendo o curso de formação continuada, é tempo de se atualizar nesses temas. “A rede municipal deu um passo importante. Que nós professores possamos ter condições favoráveis para promover a implantação do conhecimento adquirido para que nossos alunos sejam beneficiados", comentou. Nair dá aulas para alunos de três a cinco anos e pensa em disseminar o saber recebido através de contos, lendas e histórias africanas e indígenas.