Foto: Rui Porto Filho
Competição será marcada por inúmeros desafios planejados para o estudo da robótica
Estudantes de robótica da rede municipal já estão treinando a todo vapor para torneios e olimpíadas, que serão realizadas neste ano. As equipes estão movimentando o laboratório público de robótica de Macaé e as 11 estações das escolas municipais para participar do Torneio Juvenil de Robótica (TJR), previsto para o dia 26 de maio, na Cidade Universitária. A competição será marcada por inúmeros desafios planejados para o estudo e desenvolvimento da robótica para robôs autônomos.
O torneio tem cinco categorias, que vão trabalhar diversos aspectos da programação da robótica: "Dança", "Resgate no Plano", "Viagem ao Centro da Terra", "Labirinto" e "Cabo de Guerra". Além disso, os estudantes também estão se preparando para o Torneio de Robótica First Lego League, que vai acontecer em data e local que será divulgado posteriormente. A expectativa é envolver estudantes adeptos e apaixonados pela robótica. A participação e as conquistas em programações em 2017, valida Macaé como um dos municípios que mais cresce na área da robótica no país.
Laboratório - Alunos e professores da rede municipal, além de universitários, crianças e adolescentes moradores de Macaé participam de oficinas específicas no Lab#inovar. O espaço também conhecido como "Open Day Lab" conta com desenvolvimento de jogos, preparação de equipes, realização de torneios, prototipagem, movimento maker e incentivo à cultura de gambiarra. Além disso, cerca 5 mil alunos participam indiretamente de outras atividades com os robôs.
Na última semana foi realizada a programação "Arduyno Day", na Escola Municipal Natálio Salvador Antunes (Córrego do Ouro). Cerca de 40 alunos representantes das estações, que funcionam nas escolas municipais Elza Ibrahim, Natálio Salvador Antunes, Eda Moreira Daflon, Polivalente Anísio Teixeira e Colégio Aplicação (CAp), participaram do evento. A proposta foi apresentar a importância do software livre e levar a aprendizagem de novas ferramentas e conhecimentos específicos da plataforma de prototipagem eletrônica em Lego.
Entre as atividades ministradas nos laboratórios de robótica estão: aprendizagem por projetos direcionada a universitários, oficina de inovação direcionada para os profissionais da educação. Já o público a partir de sete anos, que estuda na rede pública e privada, participa de oficina com abordagem de robótica para conteúdos como programação, games e aplicativos. As aulas acontecem às segundas, terças e quintas, em horários específicos. O cadastro para novas vagas ainda não está aberto.
Atividade encanta jovens - As oficinas caíram no gosto da comunidade. Entre os participantes estão os irmãos Davi Fontes Firmino, 12 anos e Pedro Fontes Firmino, 7 anos. Os dois contam que aprender sobre robótica é um sonho antigo. "Adoramos Lego. Quero aprender a programar e montar robôs. Estamos gostando muito das aulas", pontua Davi.
Também animado, Pedro Policarpo, de 11 anos, admitiu que se interessou por robótica por gostar de matemática e raciocínio lógico. "Sei que a robótica vai me ajudar quando eu crescer. Quero seguir alguma profissão ligada à ciência", explicou. As atividades no laboratório são ministradas por universitários, além de três professores da rede municipal. Entre eles, Regina Junqueira, que atua na Iniciação à Robótica na Escola Municipal Natálio Salvador Antunes (Córrego do Ouro) e Gilmara Santos, responsável pelas estações nas escolas municipais Lions (Glória) e Eda Moreira Daflon (Centro).
Outra atividade desenvolvida é o "Hacker Club" que envolve jovens a partir de 16 anos. A oficina, que acontece às quintas, trata de habilidades voltadas para animação, criação de aplicativos e gamificação.
Segundo a designer educacional e idealizadora do programa #inovareaprender, Luemy Ávila, a expectativa para este ano letivo é reforçar o trabalho no espaço. "O objetivo do #Inovareaprender é formar autores de novas tecnologias, através do desenvolvimento do pensamento computacional, utilização de ferramentas de forma consciente, além de criação e autoria coletiva de soluções para um mundo melhor", observa.
Escolas - O Lab#inovar recebe estudantes de 11 escolas municipais. Eles se dividem em estações, que integram diretamente 1.500 estudantes do 4º ano ao Ensino Médio diretamente. "Eles se dedicam aos trabalhos que envolvem inovação, tecnologia e ciência", ressalta a secretária de Educação, Leila Clemente.