Nesta quinta-feira (1°), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizou um treinamento para o uso do aplicativo SISS - GEO (Sistema de Informação em Saúde Silvestre), no Auditório Claudio Ulpiano da Cidade Universitária. O principal objetivo é ensinar aos servidores municipais como funciona o aplicativo que permite ter um monitoramento de animais silvestres e sua potencialidade para a prevenção e controle de doenças, como a febre amarela.
"Desde o ano passado fizemos uma força tarefa em Macaé, buscando sempre a integração de funcionários da saúde com os de ambiente. Hoje, estamos aqui para realizar um treinamento para a utilização do aplicativo que a Fiocruz desenvolveu e que todos podem ter acesso. O aplicativo permite que toda a sociedade nos passe, em tempo real, quando se depara com um primata. Dessa forma, e com a utilização de fotografia, podemos ter conhecimento do que se trata para informarmos à secretaria de Saúde do município", afirmou a coordenadora da Plataforma Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre, Márcia Chame.
O SISS -GEO pode ser utilizado online ou offline, além de ser um aplicativo gratuito. Ele permite que qualquer pessoa envie fotografias e informações quando encontra o animal, além de tirar dúvidas. A coordenadora de Vigilância em Saúde, Ana Paula Dal-cin, falou sobre a importância do aplicativo, principalmente, ao sanar as dúvidas da população e ser mais um aliado na luta contra a febre amarela. "Além de intensificar o trabalho desses profissionais, o SISS-GEO é uma forma de multiplicar agentes no controle e prevenção da febre amarela no nosso município e região. Também nos ajuda a reduzir a ignorância sobre o assunto", disse a coordenadora de Vigilância em Saúde, referindo -se a dúvidas da população sobre o macaco ser transmissor da doença.
O treinamento contou com a presença de servidores da Saúde, Ambiente, Ordem Pública e Defesa Civil, além de representantes de outras cidades como Conceição de Macabu, Trajano de Moraes, Santa Maria Madalena, Casimiro de Abreu, Quissamã, Carapebus e Rio das Ostras. "Já utilizamos o aplicativo, que nos ajuda a ter essa captação de dados em tempo real. E a partir disso, iniciamos o nosso protocolo, num trabalho conjunto de agentes de endemias e várias secretarias", afirmou o coordenador administrativo do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Macaé, Flávio Paschoal.
Para a coordenadora de Educação Ambiental, Raquel Giri, o SISS-GEO aperfeiçoa o trabalho já desenvolvido. "Vencemos algumas batalhas e precisamos nos aprimorar. O SISS -GEO veio para complementar nosso trabalho, principalmente para nós que trabalhamos no campo", disse a guarda ambiental.
A programação seguiu até às 15h30, com visita da equipe da Fiocruz ao Parque Municipal do Atalaia.
O aplicativo
O Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo) é a plataforma computacional essencial e inerente ao funcionamento do Centro de Informação em Saúde Silvestre (CISS). O aplicativo SISS-Geo para celular está disponível para sistema operacional Android e IOS gratuitamente.
Os modelos de alerta são gerados considerando-se parâmetros pré-determinados como a proximidade geográfica e temporal entre registros feitos pelos usuários e especialistas, o tipo de animal observado, as características e impactos ambientais diagnosticados no local da observação e condições físicas do animal. Por meio de métodos de aprendizagem de máquina, o SISS busca relações entre as características dos registros e suas gravidade.
Uma vez identificada uma situação anormal, pelo modelo de alerta, o Centro de Informação em Saúde Silvestre torna disponível a informação para que os setores responsáveis possam buscar novos dados para sua identificação e confirmação e estimular a pesquisa.
O SISS-Geo integra o Centro de Informação em Saúde Silvestre (CISS), da Fundação Oswaldo Cruz,
http://www.biodiversidade.ciss.fiocruz.br, em parceria com o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC).