A criação de um cadastro de fornecedores, seguindo os critérios e exigências definidas por legislações municipal e federal, foi proposta pela prefeitura de Macaé como estratégia para facilitar o acesso do comércio local à política de compras da rede pública de Educação.
Iniciativa definida pelo prefeito Welberth Rezende como incentivo direto a base da economia de Macaé, a integração do setor varejista da cidade ao programa de execução de despesas seguido pelos diretores das 108 escolas da rede municipal, tem como proposta facilitar o atendimento da demanda das unidades de ensino, auxiliando também na recuperação do setor, que por anos tenta participar dos processos de compras da prefeitura.
Essa estratégia foi definida na reunião realizada nesta terça-feira (23) pela Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, junto a secretaria municipal de Educação, a Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Macaé.
A proposta é que, de início, a equipe da Secretaria de Educação apresente à ACIM e CDL o protocolo de regras e exigências necessárias para que os comerciantes da cidade possam vender para os diretores da rede municipal.“Esse protocolo atenderá desde o grande comerciante até o comércio dos bairros, que poderão se adequar às regras, com total apoio do município, para se consolidar como um fornecedor para a rede municipal de ensino”, defendeu Rodrigo Vianna, Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico.
O acesso do comércio à política de compras da rede municipal de Educação depende também de informações e orientações sobre as práticas necessárias para atender às legislações municipal e federal.“Existem exigências importantes para garantir a prestação de contas dessas despesas, além de verbas específicas para aquisições. Porém, a orientação aos diretores é sempre buscar o comércio local. Acreditamos que essa iniciativa vai facilitar muito esse trabalho”, explicou Eliane de Araújo, Secretária Municipal de Educação.
Para o comércio, essa primeira etapa de preparação dos empresários do setor é fundamental para garantir a criação do cadastro de fornecedores.“Muitos comerciantes desconhecem essa prática da rede municipal. Existem instituições parceiras que podem nos ajudar a preparar os nossos empresários a atender essa política de compras das escolas que, sem dúvidas, contribuirá de forma direta para o resgate do setor”, defendeu Olavo Pinheiro Júnior, presidente da ACIM.
Segundo as instituições empresariais, a iniciativa do governo é essencial para estabelecer uma nova rede de vendas na cidade.“Temos em Macaé empresas e fornecedores da cidade que podem atender essa demanda, criando assim uma nova rede que ajuda a fortalecer o nosso comércio”, apontou Luis Henrique Fragoso, presidente do CDL Macaé.
A reunião também contou com a participação do Secretário Adjunto de Políticas Energéticas, Júnior Luna; e da Superintendente Orçamentária da secretaria de Educação, Luiziane Lusitano Ramos.