Foto: Divulgação Secretaria de Saúde
Profissionais defendem a estratégia para a prevenção de agravos de doenças e a recuperação da saúde
A implantação das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), que utilizam métodos terapêuticos tradicionais aplicados como estratégia de prevenção e tratamento de doenças crônicas, começa a ser discutida pelo Grupo de Trabalho formado por profissionais da rede municipal de Saúde, Desenvolvimento Social e da UFRJ.
O primeiro encontro foi realizado, na última terça-feira (23), no auditório do Centro de Especialidades Médicas Dona Alba e teve como pauta a importância da descentralização dos tratamentos baseados nas PICs, ofertando essas práticas aos usuários da rede municipal de Saúde. A prefeitura lidera a organização do trabalho que conta com a participação de representantes da universidade e profissionais do sistema privado.
Os profissionais defenderam a estratégia de promover, através das Práticas Integrativas, a prevenção de agravos de doenças e a recuperação da saúde, oferecendo cuidado continuado, humanizado e integral em saúde, podendo atuar em todos os setores da rede municipal, como também nas unidades da Média e Alta Complexidade.
“A implantação dessa política não se limita apenas à criação de uma Unidade de Referência, mas também à inclusão dos profissionais das PICs por toda a rede da Saúde em diversas esferas: atenção primária, média e alta complexidade. A nossa proposta é incluir, por exemplo, um profissional que atenda auriculoterapia na unidade básica de saúde, em polo da Estratégia de Saúde da Família (ESF), como também a nível ambulatorial”, aponta Nichollas Augusto, coordenador da Divisão Especial de Fisioterapia e Reabilitação que presidiu o encontro.
Ao todo, 29 Práticas Integrativas e Complementares são ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e ajudam na prevenção e tratamento de doenças como hipertensão e depressão. Segundo Nichollas, há uma iniciativa do governo municipal em criar a Política Municipal das PICs, tornando o serviço efetivo e integral nas unidades da rede municipal.
“Nossas discussões darão sustentação ao projeto de lei que trata da política Municipal das PIC's que o prefeito Welberth Rezende enviará ao Legislativo dentro dos próximos meses. A iniciativa desta regulamentação é necessária devido à importância de termos uma base sólida e formal”, destaca o coordenador.
A preparação dos profissionais para a expansão das Práticas Integrativas na rede municipal de Saúde já está sendo realizada, como o curso de extensão em auriculoterapia, promovido em parceria com o Coletivo Minerva PICs, Arte e Cultura da UFRJ. Através desta capacitação, os servidores já estarão aptos a iniciar atendimentos na rede, para futuramente dar execução a Lei que tratará da regulamentação dessas atividades no município.
Também participam do Grupo de Trabalho, o professor Moisés Marinho, coordenador do projeto Coletivo Minerva PICs, Arte e Cultura da UFRJ, Cláudia Pinto, médica acupunturista da rede municipal de Saúde, Jorge Luis da Silva Ramos, coordenador da Proteção Social Especial de Média Complexidade, da Secretaria de Desenvolvimento Social Direitos Humanos e Acessibilidade, além de outros profissionais de Saúde da prefeitura e da iniciativa privada.