Foto: Ana Chaffin
Protocolo de Acolhimento e Classificação de Risco ajuda a salvar vidas
Para melhorar a qualidade do atendimento, o Hospital Público Municipal Irmãs do Horto implantará, no próximo dia 20, o Protocolo de Acolhimento e Classificação de Risco. A proposta é tornar o serviço mais ágil e padronizado, por meio da identificação, em graus, dos pacientes. A metodologia utiliza um processo de escuta qualificada e tomada de decisão baseada no julgamento crítico do enfermeiro.
De acordo com a médica responsável pelo projeto na unidade, Alzimara Carvalho, a prioridade da assistência médica e enfermagem será categorizada por cores. "A ideia é oferecer um melhor atendimento com a classificação. Ela é fundamental para a gestão do risco clínico em todos os serviços. Vamos seguir o protocolo de Manchester na urgência para definição das prioridades. A iniciativa contribuirá para organização das portas de entrada", explica a médica, acrescentando que o pronto atendimento do Hospital Público Municipal Irmãs do Horto atende, em média, 500 pacientes por dia.
Com a classificação de risco, o usuário procura o serviço de urgência e, em seguida, é acolhido pelos funcionários da portaria/recepção ou estagiários, sendo encaminhado para confecção da ficha de atendimento. Logo após é direcionado ao setor de classificação de risco, onde é acolhido pelo técnico de enfermagem e enfermeiro que, utilizando informações obtidas e da tomada de dados vitais, se baseia no protocolo e classifica o usuário.
A coordenadora do pronto atendimento, Ana Cristina Siqueira, afirma que entre os resultados esperados estão: diminuição do risco de mortes evitáveis, extinção da triagem por porteiro ou funcionário não qualificado, priorização de acordo com critérios clínicos e não por ordem de chegada, obrigatoriedade de encaminhamento responsável, com garantia de acesso à rede de atenção, aumento da eficácia do atendimento, redução do tempo de espera, detecção de casos que, provavelmente, se agravarão se o atendimento for postergado, diminuição da ansiedade e aumento da satisfação dos profissionais e usuários, com melhoria das relações interpessoais e padronização de dados para estudo e planejamento de ações.
Os casos mais graves são classificados com a cor vermelha, quando o paciente apresenta risco de morte ou sinais de deterioração do quadro clínico que ameaçam à vida. Já a cor laranja é de prioridade dois, que ameaça a vida e requer rápida intervenção médica e de enfermagem. A cor amarelo apresenta condições que podem evoluir para um problema sério, se não forem atendidas rapidamente. A classificação verde tem um potencial para complicações de pouca urgência. A última classificação é a azul, condições não agudas, não urgentes ou problemas crônicos, sem alterações dos sinais vitais.
Capacitação - Para implantar a classificação, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outras equipes de apoio irão receber capacitação. O objetivo é oferecer um serviço padronizado, ao apresentar a metodologia e, assim, permitir aos profissionais envolvidos, o desenvolvimento da sua competência na utilização do material disponível.