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Análise do impacto das marés na região, será primordial no processo de urbanização da área
O bairro Fronteira recebeu, nesta semana, a equipe do Instituto Nacional de Pesquisa Hidroviária (INPH), com o objetivo de realizar o estudo técnico científico equivalente ao impacto de marés, dando continuidade à atualização de ações da Ação Civil Pública. O resultado implicará na possibilidade de elaboração do projeto de urbanização do local. Membros da Equipe da Secretaria Adjunta de Habitação acompanharam todo o processo, bem como representantes da Secretaria de Obras e Defesa Civil.
O engenheiro e diretor do INPH, Domenico Accetta, junto com o também engenheiro e vice-diretor, Antônio Paulo Pinto, ressaltaram a preocupação da demanda do processo erosivo na orla do bairro, principalmente no que diz respeito às áreas invadidas de alto risco. "Como proteção emergencial, as pedras ao longo da orla é ação positiva. O necessário é o alargamento da faixa de areia, utilizando, também o aterro hidráulico, que consiste em usar a areia retirada do mar", explica Domenico, acrescentando que a importância do projeto de implantação do Porto como contribuição para o trabalho, tanto no sentido econômico, como também, na melhoria do local.
O impacto das marés ocorre em razão do movimento periódico de subida e descida do nível da água, produzindo, dessa maneira, as chamadas marés altas e marés baixas.
Antes da chegada do INPH para a visita técnica, ações no bairro foram realizadas, também fazendo parte do mesmo processo, como reuniões com os moradores, selagem e demolições de residências na beira mar, área de alto risco.
As selagens foram concluídas pela equipe social da Habitação, que consiste na identificação e marcação na entrada das residências, atendendo famílias que ocupam área de risco definida pela Defesa Civil. Com isso, se faz a identificação da real situação de cada família e, também, esclarecimentos pertinentes de acordo com o contexto de cada morador.
As reuniões com os moradores foram realizadas também pela equipe da Habitação, a fim de esclarecer a população sobre os perigos da área de risco e a importância de atender a Ação Civil Pública, ajuizada pelo Ministério Público Federal.
O processo de demolição foi realizado pela Comissão de Pronta Ação, da Prefeitura de Macaé, formada pelas secretarias municipais de Ordem Pública, Ambiente e Sustentabilidade, Mobilidade Urbana, Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade, Procuradoria Geral do Município e Adjuntas de Obras, Serviços Públicos e Habitação. Só foi realizada a demolição das casas já vazias, com acompanhamento de engenheiros da Habitação.
A Secretaria Adjunta de Habitação acompanhou a visita do INPH representada pelo arquiteto e urbanista, Renato Schueler e o Engenheiro Ambiental, Giovani Tapudima. "O resultado da visita técnica do INPH, através do relatório sobre o impacto das marés na região, será primordial no processo de urbanização da área", finalizou o arquiteto Renato.