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A luta contra a discriminação racial só começou a se intensificar no Brasil após a Constituição Federal de 1988
A Semana de Combate à Discriminação Racial está sendo lembrada em Macaé por ações voltadas para reflexão e conscientização da população. O Dia Internacional contra a Discriminação Racial é celebrado anualmente em 21 de março, em função da pandemia, o município vai promover programação virtual com o objetivo de reforçar a luta contra o preconceito racial em todo o mundo. A Coordenadoria de Políticas Sociais e Igualdade da prefeitura vai promover nesta terça-feira (23), às 16h, uma live sobre Racismo Estrutural.
A programação continua nesta quinta-feira (25), com outra live com o tema: Racismo e Saúde Mental, também às 16h, com a psicanalista Marcela Rocha. Ambas as programações serão exibidas na rede social https://www.facebook.com/conceicao.p.a.rosa.
A live desta terça-feira contará com a participação da professora doutora em Literaturas de Língua Portuguesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Sônia Maria Santos. Ela também é jornalista, ex-diretora pedagógica da Universidade Lusófona da Guiné Bissau, professora aposentada da Fafima, e das prefeituras de Macaé e Rio de Janeiro, além de integrante do Instituto de Pesquisa das Culturas Negras (IPCN).
A abordagem "Racismo e a saúde mental" serão temas destacados por Marcela Rocha, psicanalista, mestranda em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e coordenadora do Grupo de Estudos Leituras Pretas. Sua atuação clínica é focada na saúde mental da população preta.
Também está prevista, nesta quarta-feira (24), a exibição do vídeo "Mulheres Negras", que foi produzido por Jéssica Rocha, que aborda o papel da mulher negra na sociedade. Segundo a Coordenadora de Políticas Sociais e Igualdade, Conceição de Maria, o governo municipal está pautado em intensificar iniciativas políticas e sociais, que visam o combate à discriminação racial. "A proposta é que todos tenham seus direitos garantidos e haja respeito às diversidades", ressalta.
Ela lembra que no Rio de Janeiro normalmente se promove a programação "21 dias de combate à discriminação", mas, em função do distanciamento social, este ano as ações estão sendo virtuais e específicas. " A Coordenadoria seguirá com ações que visam as relações étnico-raciais, buscando contribuir com a conscientização", finaliza Conceição.
Vale lembrar que a luta contra a discriminação racial só começou a se intensificar no Brasil após a Constituição Federal de 1988, que incluía o crime de racismo como inafiançável e imprescritível. Com a promulgação da Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010, que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial, a sociedade ganhou mais um instrumento para reduzir a distância social e econômica entre negros e brancos. A eliminação de qualquer tipo de discriminação é um dos pontos centrais da Declaração Universal das Nações Unidas.