Foto: Paulo Tinoco
Espécies foram clicadas no Parque Atalaia
Um macaense que fez trabalho importante para documentar a avifauna do município (conjunto das aves de uma região ou ambiente) e que realizou registros significativos, estimulando outros observadores e fotógrafos da região a fazer o mesmo. Trata-se do pesquisador de aves Paulo Tinoco, autor do livro ‘Aves do Atalaia’. Esta é uma coletânea feita em dez anos, de 2009 a 2019, com 241 espécies clicadas no Parque Municipal Atalaia e em seus arredores, com textos também produzidos por ele.
“Nestes anos, registrei as aves com áudio e fotos. Como designer gráfico que sou, eu mesmo formatei o livro, fazendo seu projeto gráfico. Houve produção de mil exemplares em dezembro de 2020”, diz Paulo Tinoco. Sobre as aves que registrou, informa que 15 delas encontram-se em alguma lista de extinção: global, nacional ou estadual. “Noventa e cinco por cento das fotos e dos textos foram realizados por mim”, pontua.
Diferentes espécies
O Papagaio Chauá, por exemplo, consta em lista de espécies ameaçadas de extinção. Mas já habitou o Parque Atalaia. Seu nome científico é: Amazona rhodocorytha. Ele clicou ainda Araçari-de-Bico-Branco, conhecido cientificamente como Pteroglossus-aracari. Pertence à família dos tucanos, tem bico comprido.
Também registrou nesta reserva de Mata Atlântica, distante do Centro de Macaé, 27 quilômetros, o Tangará Chiroxiphia caudata. O macho desta espécie, antes do acasalamento, dança fazendo cortejo para a fêmea. Por isso, é chamada de Tangará Dançador.
Birdwhatching
Oriunda do termo em inglês ‘birdwhatching’, observação de pássaros tem cunho científico e recreativo. No livro ‘Aves do Atalaia’ ocorre os dois paradigmas. "Minha obra visou à produção de conhecimento devido à sua metodologia e utilização de critério, no entanto, sua produção também foi um grande lazer para mim”, avalia Paulo.
Atualmente, o pesquisador está realizando saídas de campo no Sana para registrar as aves desse distrito de Macaé. “Aproveito que moro nessa região para futuramente promover a edição de outro livro a ser intitulado ‘Aves da APA do Sana’. Como esse território é muito grande, há muito trabalho a fazer”, finaliza ele.