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O laço vermelho é o símbolo da luta contra a AIDS
Com a temática “Eu me previno. Eu me testo. Eu me conheço”, a Secretaria de Saúde, através do Programa DST/AIDS, está inserida na campanha nacional da próxima segunda-feira (1º) – Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. O principal objetivo da iniciativa é ampliar o diagnóstico do HIV através da Testagem Rápida (resultado em 30 minutos), o que possibilita o tratamento precoce da doença. Além disso, a campanha orienta para as práticas sexualmente seguras. A meta é sensibilizar especialmente jovens de 15 a 24 anos.
A Aids é uma deficiência no sistema imunológico, associada à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana HIV (Human Immunodeficiency Virus), provocando aumento na susceptibilidade a infecções oportunistas e ao câncer. O vírus HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno. Por isso, pode ser contraído em relações sexuais homo ou heterossexuais (com penetração vaginal, oral ou anal) sem proteção de preservativos (camisinha); compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis; transfusão de sangue contaminado; instrumentos que cortam ou furam não esterilizados e ainda durante a gravidez, no parto e na amamentação (da mãe infectada para o filho).
A Aids não é transmitida pelo aperto de mão, abraço, beijo, toque, compartilhando talheres, utilizando o mesmo banheiro, pela tosse ou espirro, praticando esportes, na piscina e na praia. Atualmente o tratamento é feito com os chamados antirretrovirais, medicamentos que proporcionam melhoria da qualidade de vida, redução da ocorrência de infecções oportunistas e da mortalidade, aumento da sobrevida dos pacientes e suprimem agressivamente a replicação do vírus HIV, apesar de não ser a cura para a doença.
Em alusão ao dia de Luta Contra a AIDS, o município elaborou uma programação especial que teve início na quarta-feira (26), com a Testagem Rápida diagnóstica para HIV no posto de Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Lagomar. Quarenta moradores do bairro realizaram o procedimento e foram orientados sobre as formas de prevenção de infecção pelo vírus. Na segunda-feira (1º), o exame será disponibilizado para a população em geral, no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na rua Velho Campos, 354, Centro; nos postos de ESF, das 9h às 11h e de 14h às 16h, dos distritos da região serrana, Sana e Frade.
Preservativos masculinos e material educativo serão oferecidos por profissionais do DST/AIDS em parceria com a Liga das Escolas de Samba de Macaé (Liecam) e a equipe do Projeto Consultório na Rua, na terça-feira (2) e quarta (3), das 9h às16h, na praça Veríssimo de Melo. Para fazer a Testagem, basta apresentar um documento com foto. Os profissionais do setor garantem que o teste é sigiloso e seguro. Esse exame pode ser ainda realizado na sede do programa. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 2796-1234 e 2796-1704.
O Programa Municipal de DST/AIDS de Macaé registra, até o segundo quadrimestre deste ano, o contingente de 2.159 pacientes cadastrados, entre adultos e crianças. Dentre eles, 752 fazem uso de medicamentos antirretrovirais. Além disso, possuem uma estrutura assistencial formada por médicos de diversas especialidades, como infectologistas, psiquiatra, pediatra, dermatologista, ginecologista, além de psicólogos, enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem, farmacêutico, assistentes sociais, biólogos, profissionais de apoio. O setor oferta também os testes de sífilis (treponêmico), de e hepatites B e C (triagem), aconselhamento e realiza a entrega de resultados orientada por técnicos qualificados.
O CTA cadastrou, entre maio e agosto, 663 pessoas atendidas. Desses testados para HIV, registram-se 42 casos positivos (6,8%) e 577 casos negativos (93,2%). De 898 testes para sífilis, obtiveram-se 122 (13,58%) resultados positivos e 776 (86,41%) negativos. O Serviço de Assistência Especializada (SAE) de Macaé - que assiste a munícipes com HIV/AIDS, coinfectados com hepatites e portadores DST- tem cerca de 2.100 pacientes inscritos, entre adultos e crianças, das quais 750 fazem uso de medicamentos antirretrovirais.
Desde 1986, ano da publicação da Lei 9.313, o Ministério da Saúde vem garantindo o acesso ao tratamento antirretroviral a todas as pessoas que vivem com HIV e que tenham indicação de recebê-lo, conforme as recomendações terapêuticas vigentes no Brasil. Desde o final dos anos 80, o dia 1 de dezembro foi internacionalmente instituído como o Dia Mundial de Combate à AIDS, para que o mundo una forças para a conscientização sobre essa doença.