Preocupados com o aumento no número de casos de febre amarela no estado, foi deflagrado nesta sábado (03), mais um Dia D de mobilização contra a doença. A ação, definida pela Secretaria de Estadual de Saúde, já é a segunda só este ano. Em Macaé, a prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, vem intensificando as campanhas e, desde 2017, já imunizou 204 mil pessoas.
A secretaria disponibilizou, neste sábado, sete postos de saúde, até às 16h, sendo dois na região serrana. Na parte da manhã o movimento foi tranquilo em todas as unidades abertas e os dados parciais até o meio dia foram de 200 pessoas imunizadas. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, em 2018 foram registrados 108 casos de febre amarela silvestre em humanos, sendo 48 óbitos em todo o estado.
De acordo com a gerente do Programa de Imunização, Luciana Santos, a abertura dos postos no sábado é uma oportunidade para as pessoas que não podem ir na unidade durante a semana. "A vacinação continua e quem não veio hoje pode procurar uma unidade de Estratégia Saúde da Família (ESF), de segunda a sexta-feira", disse.
O consultor de empresa, Sérgio Gomes Vieira, contou que, num primeiro momento, não tomou a vacina, mas, como este ano os casos positivos da doença aumentaram no estado e, devido ao seu trabalho, ele precisa viajar por diversas regiões, inclusive a serrana do estado, decidiu tomar. "Como estava na cidade, aproveitei o sábado de campanha para receber a vacina", frisou.
A economista Ane Caroline, afirmou que durante a semana não tem como ir ao posto. "Vim logo pela manhã, pois na última vacinação no sábado cheguei depois do horário e a unidade estava fechada. Aproveitei a nova oportunidade", contou.
Podem se vacinar pessoas de nove meses a 59 anos de idade, que não tenham contraindicação para o uso da vacina. A dose é única e vale para toda a vida. Para doar sangue, as pessoas vacinadas devem aguardar quatro semanas após a vacinação.
Vacina
A vacina contra a febre amarela não é recomendada para gestantes, lactantes de crianças com até seis meses de idade e nem para quem tem mais de 60 anos, nesse último caso o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação, levando em conta o risco da doença e o risco de eventos adversos nessa faixa etária ou decorrentes de comorbidades.
As doses geralmente produzem poucos efeitos colaterais. Cerca de 5% das pessoas podem desenvolver, cinco a 10 dias depois da vacinação, sintomas como febre, dor de cabeça e dor muscular, sendo infrequente a ocorrência de reações no local de aplicação. Reações de hipersensibilidade são muito raras e geralmente atribuídas às proteínas do ovo contidas na vacina.