Foto: Bruno Campos
Repertório inclui Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes, Tom Jobim e Pixinguinha
Arrancando aplausos do público que passava pelo local, na Praça das Artes do Centro Macaé de Cultura, a Orquestra Popular de Macaé (OPM) iniciou, pontualmente às 15h30 desta quarta-feira (1º), os "Ensaios Abertos". O repertório, composto por peças de autores famosos como Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes, Tom Jobim e Pixinguinha, despertou alegria e saudosismo. Quem disse isso foi a macaense aposentada Janilce Nascimento (75 anos), que ao passar pela Avenida Rui Barbosa, ouviu o ensaio e atraída pela música, se aproximou.
- Gostei muito e senti até saudades dos meus tempos. Parei aqui e me deu vontade de dançar. É muito bom a gente ouvir esses chorinhos. Isso faz bem à alma -, assegurou.
O objetivo do projeto "Ensaios Abertos" da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart), mantida pela Fundação Macaé de Cultura (FMC), é aprimorar o conhecimento técnico do instrumentista (músicos profissionais, ex-alunos da Emart), proporcionando ainda, música de qualidade para quem ouve.
A mostra dos "Ensaios Abertos" tem atraído dezenas de pessoas pelo som advindo da orquestra, que sob a regência do maestro Bruno Py, toca semanalmente peças de autores da música popular brasileira, exaltando o gênero instrumental "Choro", considerado genuinamente brasileiro.
De acordo com o vice-presidente da FMC, o arquiteto e urbanista Cláudio Augusto Santos, um dos precursores do projeto, a orquestra é um patrimônio da sociedade macaense, composta por mestre e ex-alunos da Emart, que tem proporcionado uma boa representatividade musical. "A acústica da Praça das Artes colabora com a nitidez sonora. Por isso, o público tem abraçado literalmente a OPM. Essa proximidade estabelece um ambiente de reconhecimento e afeto por parte do público que a ouve", pontuou.
O motorista Geneir Abreu, de 43 anos, afirmou que esta é a terceira vez que prestigia os ensaios da orquestra. O mineiro, que há seis anos mora em Macaé, gosta do estilo que é tocado. "Esta já é a terceira vez que venho aqui no teatro para ouvir essa magnífica orquestra. Gosto muito desses ensaios", pontuou.
Para Fátima Araújo, de 57 anos, ouvir o som da OPM foi uma surpresa. "Esta é a primeira vez que vejo isso aqui em Macaé, música tocada por uma orquestra para todos ouvirem. Eu estava passando e me senti atraída, por isso parei para ouvir o repertório muito lindo", disse.