Foto: Arquivo Secom / Bruno Campos
Jovens contam suas histórias para entrada no ensino superior
O Programa Nova Vida promove a inclusão social de diversos adolescentes de famílias em vulnerabilidade social, que aprendem nos cursos oferecidos pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade informações para a vida toda, inclusive o caminho para a universidade. Ex-integrantes do programa estão cada dia mais avançados em instituições de ensino superior.
A estudante Fabiane Viana, 21 anos, moradora da Barra de Macaé, cujo pai é recolhedor de resíduos e a mãe é vendedora, ficou no Nova Vida de abril de 2015 a novembro de 2017, atuando na Procuradoria Adjunta de Licitações. “Foi lá que resolvi a dúvida entre Administração e Direito Administrativo. Houve orientação psicológica com profissionais do programa e também do Colégio Castelo, colaborando para meu autoconhecimento e amadurecimento. Dessa forma, escolhi cursar Administração e estou no sexto período”, conta.
Fabiane acrescenta que o Nova Vida também ofereceu diversos cursos e palestras sobre Informática, Língua Portuguesa e outros. “Estou feliz na Universidade, que me ajuda a ver também a área privada, não só a pública. Além do mais, ser administradora requer saber Marketing, Recursos Humanos, Compras e Logística. Meu mundo se abre para as novidades em que o conhecimento é o alicerce de vida”, frisa
Influências positivas
Suelen dos Santos, de 20 anos, está no quinto período de Nutrição. Aos vizinhos do seu bairro, Nova Esperança, quer ajudar por meio do que está aprendo na instituição de ensino. “São muitos casos de crianças obesas onde moro, além de adultos com diabetes, precisando de profissional de minha área”, explica.
Ela estagiou na Secretaria Adjunta de Recursos Humanos, no ano de 2017. “Os profissionais da secretaria são exemplo positivo para mim. Tentavam resolver os problemas de todos: do médico ao servente. Isso me influenciou bastante”, comenta.
De acordo com Suelen, os palestrantes colaboraram para os jovens realizarem seus sonhos. “Estava em dúvida entre Enfermagem e Nutrição. Após a aula na própria universidade, optei pela profissão que queria para o resto da minha vida”, destaca.
Antes de cursar o sexto período de Administração na Faculdade Católica Salesiana, Ketllen Pinheiro, 20 anos, era estagiária do Nova Vida, no Centro de Referência em Assistência Social (Cras), no bairro onde mora: Malvinas.
Atividades suspensas
As atividades do programa seguem suspensas em função do distanciamento social. O “Nova Vida” atende jovens na faixa de 14 e 17 anos e 11 meses, que apresentam renda familiar de até três salários mínimos. Para frequentar o programa, devem comprovar que estudam e contam com bom desempenho escolar. Diante do programa, eles recebem meio salário mínimo para atuar no horário divergente ao de aula em atividades nas secretarias operacionais da prefeitura e outras instituições como Fórum de Macaé, Infraero e órgãos estaduais e federais.