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O projeto "Engenheirando o Futuro" acontece às terças-feiras no Colégio Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel
Multiplicar conhecimentos básicos de marcenaria direcionado aos moradores de Macaé, em ambiente escolar. Assim tem sido a parceria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Secretaria de Educação, com o projeto "Engenheirando o Futuro", que acontece todas às terças-feiras, das 14h às 16h, no Colégio Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel, no bairro Miramar.
As aulas começaram em agosto desse ano, com 12 participantes, que também aprendem noções de hidráulica, elétrica e artesanato. A intenção da UFRJ é ampliar o projeto de extensão, com outros cursos, como terapia, dança, música, confecção de instrumentos musicais e teatro.
O diretor geral do Colégio, Éder Peçanha, explica que a parceria surgiu a partir do contato de um aluno da Educação de Jovens e Adultos (EJA), matriculado no Ancyra, que fazia o curso de marcenaria no Cetep que, na época, acontecia na Cidade Universitária.
"Foi então que inserimos o curso de marcenaria no projeto da escola "Faça você mesmo", realizado no primeiro semestre deste ano para os alunos e funcionários da unidade escolar. A ideia foi evoluindo e decidimos abrir vagas também para a comunidade local, inclusive para alunos de outras escolas", explicou o diretor.
O técnico de laboratório de Engenharia Mecânica da UFRJ, Eliseu Gonçalves, explicou que a proposta do curso é passar técnicas básicas de pintura, artesanato, de hidráulica e elétrica para que os participantes possam desenvolver um projeto, envolvendo a capacidade de raciocínio, conceitos materiais, proporção, entre outras habilidades.
"Atualmente estamos trabalhando no projeto da maquete de uma praça. Fui dando ideias, explicando tudo o que uma praça precisa ter, como coreto, brinquedos, a parte ambiental, acessibilidade, entre outros. O grupo é formado por duas equipes, que deverão criar seus projetos com criatividade", destacou o técnico, acrescentando que a Universidade quer multiplicar esse projeto para outras unidades de ensino do município.
Após visualizar o anúncio do curso de marcenaria numa rede social, Sidney Luís da Silva Rosa, técnico de telecomunicações, morador do Parque Aeroporto, decidiu inscrever o filho de 16 anos em algum tipo de curso para ocupar o período da tarde, e aproveitou para fazer também.
"É uma possibilidade de troca de ideias, de integração e para despertar nossa criatividade. Me interessei pela marcenaria por ser a profissão do meu pai, mas nunca tinha tido a oportunidade de fazer algum curso desse tipo, ainda mais sendo gratuito. As aulas tem contribuído para abrir meus horizontes fora da minha área de atuação, como um outro projeto que vamos desenvolver, como da maquete de uma casa sustentável", salientou Sidney.