Foto: Bruno Campos
Benefícios biológicos e psicológicos que essa atividade traz aos seus praticantes são explicados
Uma das atrações mais criativas da segunda edição da Semana Nacional de Ciências e Tecnologia (SNCT) em Macaé foi a oficina de slackline que aconteceu esta semana na Praia do Pecado. Essa atividade é o primeiro projeto de extensão do Instituto Federal Fluminense (IFF) de Macaé e Campos na área de esporte. Além disso, inaugura a participação do IFF nesse evento, que este ano integrou ainda a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/Macaé) e o Instituto Nossa Senhora da Gloria (INSG).
A proposta dos dois alunos bolsistas do IFF, Matheus Vidal, 18 anos, que cursa o 2º ano do curso Técnico em Automação, e Caio Fábio Chrisóstomo, 18, do 3º ano do Ensino Médio e 1º módulo do Técnico em Mecânica, caiu como uma luva na Semana Nacional de Ciências e Tecnologia, que nesta décima edição nacional abordou a temática “Ciências, Saúde e Esporte”.
Durante a oficina, os bolsistas do IFF explicaram a estudantes e ao público em geral os conceitos da física que justificam o equilíbrio de um corpo que caminha sobre uma fita – o que caracteriza o esporte radical slackline - e abordaram ainda os benefícios biológicos e psicológicos que essa atividade traz aos seus praticantes. Com destaque para o aumento da concentração que pode melhorar o rendimento escolar.
Além disso, Matheus e Caio Fábio conduziram os curiosos sobre a fita e ensinaram as técnicas para introdução no esporte. Entre os que experimentaram estavam dez alunos, uma instrutora de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e um professor da Associação Macaense do Deficiente Auditivo (Amada). Os estudantes, entre 9 e 30 anos de idade, não hesitaram em aceitar o convite e caminharam até o final da fita.
- Achei difícil, mas fazer esportes é bom para a saúde. Gosto de desafios e tenho vontade de surfar. Fiquei sim espantado ao saber que até no esporte podem ser aplicadas ciências - ressaltou o estudante da Amada, Renan de Gouvêa Pessôa,17.
A intérprete de Libras, Isabel Cristina Fernandes, considera importante a interação dos estudantes com necessidades educacionais especiais nos projetos municipais. “Eles podem ver, experimentar, participar e podem estudar, aprender e trabalhar como os ouvintes. Essa inserção contribui para isso”, destaca.
O projeto slackline na Praia do Pecado aconteceu na quarta-feira (23), das 14 às 16 horas. A coordenadora do projeto do IFF, Suéllen Chrisóstomo, e a coordenadora adjunta, Michele Catunda, disseram que estão empolgadas com a reação do público e aprovaram a nova formatação da SNCT. “Vamos procurar participar das próximas edições. Isso é um estímulo também para nossos estudantes”, diz Michele.
Outra novidade da segunda SNCT em Macaé foi a maior aproximação com a sociedade. Os projetos foram expostos em quatro pontos da cidade: Praia do Pecado, Praça Veríssimo de Mello, Colégio Estadual Matias Neto e Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia. Assim, a SNCT atinge seu objetivo, que é o de levar as ciências além dos muros das instituições de ensino superior.
A organização da SNCT é da subsecretaria de Ciências e Tecnologia em parceria com a secretaria de Educação e com os setores de extensão acadêmica das instituições de ensino superior, com o apoio da Casa da Ciência da UFRJ e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Para o coordenador Acadêmico da Subsecretaria de Ciências e Tecnologia, Meynardo Rocha, o slackline foi uma das atividades mais originais dessa edição.
- Buscamos essa interação entre os diversos setores - gestão pública, academia, empresariado - para a popularização dos conhecimentos. Na SNCT, descentralizamos as ações e apresentamos as ciências de forma lúdica e criativa. Atingimos nossos objetivos e nos voltamos para nosso maior projeto que é o Parque Científico e Tecnológico de Macaé - observou o coordenador Acadêmico da Subsecretaria de Ciências e Tecnologia.