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Encontro aborda reflexões com especialistas em educação e contemporaneidade
Dezessete municípios participaram do VII Fórum de Orientação Educacional, realizado pela Secretaria Municipal de Educação de Macaé, nesta terça-feira (8), no auditório Claudio Ulpiano, bloco A, na Cidade Universitária. Juntos, orientadores educacionais dessas cidades debateram e ampliaram conhecimentos sobre a temática “Aprender a Ser: Educação e Emoções na Contemporaneidade”. O encontro provocou reflexões desde a entrega do material com a programação e as dinâmicas em envelopes com desenhos e mensagens feitos à mão por alunos da rede pública municipal de ensino de Macaé, o que chamou a atenção do público que se encantou com a criatividade das artes infantis feitas em salas de aula com os professores.
“O trabalho da Educação em Macaé ultrapassa as fronteiras da nossa cidade e tem o foco nas pessoas. Antes de tudo o que somos precisamos ser e sentir para nos constituirmos como seres humanos. É com o outro que a gente aprende e se fortalece, daí a temática deste encontro”, destacou, na abertura do evento, a superintendente de Ensino Fundamental e Médio da rede, Balade Ayala.
Orientador educacional da rede municipal de Macaé e atual secretário de Educação de Rio das Ostras, Maurício Henriques Santana disse que “Macaé faz toda a diferença realizando encontros como este. O trabalho do orientador educacional é muito importante para o bom andamento da Educação em toda a parte. Rio das Ostras também tem sido exemplo na valorização desses profissionais e por isto estamos aqui ampliando os debates para, juntos, melhorarmos a Educação como um todo. Fico feliz por ver que tem aumentado a participação de outros municípios, significa que o Fórum de Macaé está surtindo efeitos positivos na vida dos profissionais de outros municípios também”.
Uma das participantes do Fórum, Sônia Cardoso, orientadora educacional há quase 20 anos, disse que trabalha em duas escolas municipais na localidade de Bicuda, na serra macaense – Colégio Municipal Tarcísio Paes de Figueiredo e Escola Municipal Maria Augusta de Aguiar Franco – e ama o que faz.
“Macaé é mesmo um município diferenciado porque respeita o nosso trabalho. Temos tempo para planejamento e estudos sobre o que realizamos o que contribui para melhorarmos nossas práticas profissionais sempre”, afirmou. Ela enfatizou as atribuições do orientador educacional: mediar as ações pedagógicas nas escolas, estimular debates importantes, promover o bom relacionamento interpessoal entre alunos, famílias e profissionais das escolas. “Também identificamos se algum aluno precisa de atendimento especializado, buscamos as soluções e encaminhamos para a rede de apoio que é completa em Macaé”, acrescentou.
A mesa do Fórum foi composta por Balade, Maurício Henriques e Rosinéa Chaves de Figueiredo, coordenadora da Orientação Educacional da Secretaria de Educação de Macaé, junto com Andréia Carvalho.
Além de Macaé, participaram representantes dos seguintes municípios: Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Rio das Ostras, São Fidélis, Quissamã, Rio Bonito, Araruama, Trajano de Morais, Niterói, São Pedro da Aldeia, São João da Barra, Conceição de Macabu, Armação dos Búzios, Casimiro de Abreu, Itaboraí, São Gonçalo e Saquarema.
Programação voltada para as emoções
Toda a temática do VII Fórum passou pela emoções com o debate central da mesa-redonda sobre “É Preciso Saber Viver”. Antes, houve palestra sobre “Saúde Mental na Escola”, com a psicóloga do Instituto Federal Fluminense de Campos (IFF), especialista em Humanidades na Contemporaneidade, pela UFRJ, Emanuela Nunes Sodré.
A mesa-redonda foi mediada pela professora orientadora educacional Débora dos Santos Henrique e inovou levando para o debate uma mãe de aluno da Escola Natálio Salvador Antunes, Ana Paula Aramuni Alberto; uma aluna do Ciep 058 Oscar Cordeiro, Isabel Porto; o psicólogo Marcello Santos; e uma professora do Colégio Claudio Moacyr de Azevedo, Silviene Florentino.
Houve também apresentação do projeto “Me Ajude a Viver – Prevenção e Posvenção do Suicídio” e palestra sobre “Harmonizando as Emoções – Comunidades Musicais como Estratégias para a Melhoria da Qualidade de Vida nas Escolas”, com o professor Hélio Júnior, coordenador de Políticas Estudantis de Arte e Cultura do IFF Macaé.
Os destaques também ficaram por conta dos momentos culturais com o grupo de dança do Oscar Cordeiro e do Colégio Municipal Aroeira e o trabalho colaborativo do Colégio Municipal Botafogo “Como Fazemos...”, com os professores Honório de Assis Mattos Júnior, de Geografia, com o tema “Uso e Produção de Vídeos em Sala de Aula”; Joanna de Ângelis Lima Roberto, de Educação Física; e Salomé de Aquino Martins, de Língua Portuguesa, dividindo o tema”Visualidades e Autoaceitação: a Educação como Instrumento de Valoração Identitária”.
O encerramento foi com vídeo mostrando o trabalho desenvolvido pelos profissionais da Orientação Educacional da rede pública municipal de Macaé e apresentação do coral do IFF Macaé. A mensagem final do encontro foi sobre os girassóis que, conforme o poema, de autor desconhecido, que fez parte do folheto de programação, “se não temos o sol todos os dias, temos uns aos outros”.