Educação especial inclusiva atende a novas orientações do MEC

A promoção da inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais em Macaé já acontece de acordo com as novas orientações do Ministério da Educação (MEC). O Governo Federal indica que esses estudantes freqüentem uma escola regular e tenham apoio no contraturno em escolas especializadas ou em salas multifuncionais. Essa estratégia, que teve início no ano passado no município, tem apresentado resultados positivos tanto de aprendizagem quanto de integração social.

A promoção da inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais em Macaé já acontece de acordo com as novas orientações do Ministério da Educação (MEC). O Governo Federal indica que esses estudantes freqüentem uma escola regular e tenham apoio no contraturno em escolas especializadas ou em salas multifuncionais. Essa estratégia, que teve início no ano passado no município, tem apresentado resultados positivos tanto de aprendizagem quanto de integração social.

A Escola Municipal Lions, no bairro da Glória, é a escola pólo para inclusão de estudantes surdos no município. Ela recebeu no ano passado vinte estudantes que eram atendidos pela Associação Macaense de Apoio ao Deficiente Auditivo (Amada). Além de terem passado a frequentar as salas de aula de ensino regular para a efetivação da inclusão social, os estudantes participam de aulas nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) sob a orientação de profissionais especializados, no contraturno, e também de atividades complementares na Amada. Desta forma, os estudantes têm um atendimento integral.

Além do atendimento aos surdos, o município qualificou a Escola Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel, no Miramar, para que se tornasse polo para inclusão de estudantes com deficiência visual ou intelectual. Foram efetivados no último concurso público professores especializados e intérpretes para atuarem nesse processo. A Secretaria de Educação oferece também cursos para formação profissional continuada em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e em Braile (código para deficientes visuais).

Na Escola M. Lions, que conta com dois intérpretes e cinco professores de Libras, todos os funcionários passaram por aulas de Libras oferecidas na unidade. Os professores observam que os alunos ouvinte também se interessam em aprender a língua dos surdos para interagirem melhor com os colegas.

- Quando começamos, no ano passado, a sala se dividia em um lado dos surdos e outro dos ouvintes. Com o tempo, todos estão realmente integrados. Isso é muito importante para o desenvolvimento social dos alunos, mas a complementação é fundamental”, disse a professora de Libras, Verônica Santos.

Os estudantes ficam na escola no turno da manhã e à tarde têm aulas de Libras e de Português nas salas de multirecursos em dias intercalados às atividades extracurriculares oferecidas na Amada. Na Associação, os estudantes fazem suas tarefas de casa, recreação, aulas de capoeira, de natação, entre outras.

Uma das coordenadoras de Educação Especial da Secretaria de Educação, Luciana Medici, considera que a escola está avançando e aprendendo com essa mudança. “Vemos o desenvolvimento do aluno e a satisfação dos pais. Trabalhamos dentro das propostas do MEC e atendendo aos Direitos Humanos”, destacou.

A aluna do 3º ano do ensino fundamental da escola, Chailayny Alvarenga, de 8 anos, foi uma das que, com o auxílio da professora Verônica, pode expressar sua opinião sobre essa mudança. Ela disse que gosta mais da escola regular e que aprende mais junto com os estudantes ouvintes.

Isso é o que também observa a professora da classe, Clarissa Carvalho, há dois anos atuando com o apoio de um professor intérprete em sua sala de aula, atualmente com cinco estudantes surdos. “Os surdos estão muito bem integrados. O intérprete é essencial para isso. Ela ajuda não ajuda apenas os surdos, mas também os ouvintes, dando suporte também ao professor”, disse.