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Palestras e lançamentos de livros marcaram o evento
A 16ª Primavera dos Museus - ‘Independência e Museus - Outros 200, outras Histórias’, tema proposto pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) aos museus do país, agitou o Solar dos Mellos – Museu da Cidade de Macaé, de segunda-feira (19) a sexta (23). O filme ‘O Canto do Rio Macaé’, edição especial do projeto ‘Curta no Museu’, encerrou a programação com um bate-papo com os diretores. Mas a exposição sobre a temática do evento continuará aberta para visitação.
Quem for ao Solar dos Mellos, na rua Conde de Araruama, 248, Centro, terá a oportunidade de apreciar a mostra de cerca de 20 trabalhos de alunos do Ensino Médio do Colégio de Aplicação (CAp) da Secretaria de Educação de Macaé. A curadoria da exposição ‘Independência e Museus - Outros 200, outras Histórias’ é do professor de Artes e artista plástico, Richardison Mello.
A exposição inclui obras em diferentes técnicas como: desenho com grafite, desenho com lápis de cor, colagem, aquarela, desenho digital, pintura com tinta acrílica e técnica mista. O horário de funcionamento regular do museu é de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e o telefone para mais informações é o (22) 2759-5049.
Palestras e lançamentos de livros
Na noite de quinta-feira (22), os convidados foram os professores doutores, Jorge Luís Rodrigues dos Santos e Gabriela Barreto de Oliveira, que participaram de uma roda de conversa com o público, formado especialmente por estudantes e professores, durante o lançamento de seus livros.
A diretora do Solar dos Mellos, Patrícia Barboza, destacou a importância da palestra da professora Gabriela, por sua história de vida e superação, alcançando o doutorado por meio de escolas e universidades públicas. Ela também frisou a relevância dos trabalhos acadêmicos do professor Jorge Luís, voltado para a educação das relações raciais no âmbito escolar.
A professora das redes Estadual e Municipal há mais de 20 anos e também atuante na rede privada, Flávia Lima, acompanhou seus alunos ao evento.
“Pautas provocativas para o meio acadêmico, que nos remete a pensar e agir de forma que estejamos sempre dispostos a observar as atitudes, para pensarmos em quebras de velhos paradigmas. O museu é um espaço de debates de pensamentos comuns a todos. A inclusão traz para perto lugares de voz que antes não se ouvia”, disse.
O professor Jorge Luís Rodrigues dos Santos, Doutor em Memória Social e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Lançou o livro ‘Educação das relações raciais no Ensino Básico, Técnico e Tecnológico’, uma obra coletiva de professores de instituições públicas da Educação Básica. O seu objetivo é difundir práticas educativas na temática racial, buscando capacitar, principalmente, professores e estudantes no conhecimento da importância das contribuições africanas e afro-brasileiras para a sociedade.
“Achei o evento maravilhoso, especialmente pela forma dinâmica como foram apresentados os temas, com a interação da plateia. Trocamos muito. Sempre acreditei que conhecimento é para ser dividido. A história de vida de Gabriela é muito marcante, especialmente para mim que sou filha de família humilde e aluna de escola pública, como muitos que conseguimos, através da educação nosso lugar ao sol. E o Jorge é uma figura ilustre para o movimento negro de Macaé e região e também tem uma história de vida formidável. Foi de grande valia para o meu crescimento profissional e pessoal”, ressaltou.