A Secretaria de Meio Ambiente de Macaé (Sema) está orientando a população sobre os cuidados em relação às abelhas africanas. Nos últimos meses, a equipe tem atendido em média duas solicitações por dia para a retirada de colméias. "Todos os casos serão atendidos, basta que a pessoa entre em contato conosco", disse o coordenador de Resíduos da Secretaria, Maurício Passeado. O telefone da Sema é 2762-4802.
Para diminuir o problema, a prefeitura pretende implantar este ano o apiário municipal. O coordenador de resíduos alerta que a população pode contribuir para evitar a atração desta espécie de abelha, realizando obras mais seguras, sem aberturas nos telhados, e evitando dessa forma também o alojamento de outros animais, como pombos e morcegos.
- Outro fator importante é fechar bem os sacos de lixos, pois devido a resíduos de alimentos doces, a probabilidade de atrair as abelhas é maior. Não só elas, mas também outros insetos, ressaltou.
Os técnicos da Secretaria Executiva de Meio Ambiente (Sema) estão atentos aos casos de enxame no município de Macaé. Exemplo disso, foi uma ação realizada na Praça Veríssimo de Melo onde, por uma medida preventiva, ela teve que ser fechada para a retirada de uma colméia de abelhas africanas, que estava localizada a uma altura de 12 metros em uma das árvores do local.
A ação, além de contar com os técnicos da secretaria e do apicultor Renato Nazareno da Silva, teve a participação também do responsável pela Divisão de Iluminação da prefeitura, Hudson Paganoti, homens da Guarda Municipal e Defesa Civil. A ação teve que ser bem planejada para que não trouxesse risco nenhum às pessoas, principalmente, no entorno da Praça Veríssimo de Melo.
- O governo Riverton Mussi mostrou-se sensível aos problemas causados pelas abelhas, cupins, marimbondos, entre outros insetos, e permitiu a estruturação da Coordenadoria de Pragas Urbanas, com a finalidade de melhor combater estes vetores que tanto comprometem a qualidade de vida dos munícipes, ressaltou o secretário Executivo de Meio Ambiente, Henrique Emery.
História da Abelha Africana
As abelhas da espécie Apis mellifera, foram trazidas da Europa para o Brasil pelos jesuítas em meados do século XVI, adaptando-se bem ao nosso clima. Na segunda metade do século XX, experiências genéticas da Universidade de São Paulo (USP) trouxeram alguns enxames de abelhas africanas, por serem consideradas mais produtivas que as européias.
Durante a experiência, vários enxames escaparam para a natureza e os zangões africanos, menores e mais ágeis, ganhavam a competição por acasalamento com as rainhas européias no ar.
Em algumas décadas, após constantes cruzamentos, estabeleceu-se uma sub-espécie, mestiça, conhecida vulgarmente por "abelhas africanizadas", com elementos mais mansos que a original, mas ainda assim bastante agressiva. As "abelhas africanizadas", ocasionalmente, realizam ataques coletivos. Caso isso ocorra, a pessoa deverá procurar imediatamente atendimento médico.