O prefeito Riverton Mussi acaba de abrir a Feira e Conferência Internacional da Indústria Offshore de Petróleo e Gás, a Brasil Offshore, na entrada do pavilhão principal e no auditório do andar superior do Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, o Macaé Centro. O evento conta com 538 expositores de 35 países e tem expectativa de receber mais de 35 mil visitantes nos quatro dias de evento, até sexta-feira (22).
- Pela quarta vez, Macaé sedia a Brasil Offshore, consolidada como a terceira maior feira de petróleo e gás do mundo. É com muito orgulho que recebemos em Macaé investidores nacionais e internacionais, delegações de cerca de 35 países, empreendedores, especialistas do setor, representantes do poder público, fabricantes, fornecedores e importadores de produtos e serviços relacionados ao arranjo produtivo do petróleo e do gás – destacou o prefeito.
O diretor da Media Group do Brasil, a MG do Brasil, Eric Henderson, frisou que a feira é um dos maiores eventos offshore do mundo e resultado de um conjunto de empresas que acreditaram no evento, e do apoio dos governos municipais. “Este ano, teremos workshops, conferências organizadas pelo IBP com um enriquecimento na programação do conteúdo técnico e abrangência da qualidade das palestras nacionais e internacionais, através da participação
do ‘chapter’ brasileiro da Society of Petroleum Engineers no comitê
organizador”, observou Henderson, citando países participantes como Índia, China, Indonésia, entre outros.
Segundo o diretor-superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sérgio Malta, as rodadas de negócios, os encontros de tecnologia, a arena da pequena empresa e a participação de 200 empresários de todo o estado que participam da Brasil Offshore são fatores importantes do evento.
Já o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Raul Eduardo, salientou que deste a implantação da lei do petróleo, a participação da comodity no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é contínua, atraindo investidores estrangeiros. “O aumento da atividade de petróleo e gás possibilita impacto multiplicador capaz de atrair grandes empreendimentos”, ressaltou o representante da classe industrial, acrescentando que o sistema Firjan, por meio do Serviço Nacional da Indústria (Senai), está construindo uma nova unidade do Senai em Macaé, com investimento de R$ 30 milhões.
Diretor da Onip ressalta caráter internacional da feira
O diretor-geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Eloy Fernandez y Fernandez, pontuou que a Brasil Offshore atingiu dimensão internacional e ressaltou a importância de eventos simultâneos com a feira Brasil Offshore: os congressos organizados pelo IBP e as rodadas de negócios organizadas pela Onip e pelo Sebrae.
O gerente geral da Unidade de Negócio de Exploração e Produção da Bacia de Campos da Petrobras, Carlos Eugênio Melro da Ressureição, fez uma análise dos 30 anos da história da exploração do petróleo e do gás natural na Bacia de Campos. “A grandiosidade de hoje é fruto do passado. Hoje, a Bacia de Campos produz 1,5 milhão de barris de petróleo por dia e a expectativa é aumentar a produção”, disse.
De acordo com o gerente geral, o desafio do setor no momento é implantar novos projetos como a P-52, a revitalização de campos maduros, empreendimentos que dependem de tecnologia. “A importância dos campos maduros é que eles equivalem quase a novas descobertas com a diferença de que os campos maduros já possuem infra-estrutura”, disse.
O gerente executivo da Petrobras, José Miranda, analisou que os congressos e os negócios da feira proporcionam interação com a indústria para a exploração de novos campos e a revitalização de campos maduros. Já o presidente do IBP, João Carlos de Luca, comentou que Macaé é o centro de operação das principais empresas relacionadas ao arranjo produtivo do petróleo e do gás.
- Recentes descobertas de petróleo pré-sal são o novo horizonte de exploração de petróleo, que já atingem águas marítimas profundas e ultra-profundas – ressaltou João Carlos, comentando que as novas tecnologias serão discutidas em painéis durante a feira.
O deputado estadual e presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Glauco Lopes, avaliou que o grande desafio do setor é a promoção da qualificação profissional. O deputado entregou moção de aplauso para o IBP.
Segundo o deputado federal Silvio Lopes, que fez um discurso humanizado, a convivência com países estrangeiros, na qual existe troca de experiências, é um dos grandes ganhos da feira. O vereador Maxwell Vaz representou o Legislativo na mesa de abertura e ressaltou que as reuniões de negócios da feira, a difusão do conhecimento e novos projetos de petróleo e gás contribuem para o município inclusive com a arrecadação de recursos financeiros.