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Aedes aegypti: objetos que acumulam água devem ser eliminados

30/12/2015 11:49:00 - Jornalista: Genimarta Oliveira

Foto: Ana Chaffin

Ovos que foram colocados em depósitos podem eclodir assim que houver contato com a água

As ações integradas do plano de controle do Aedes aegypti prosseguem em vários bairros da cidade. Após o recesso do Réveillon, as equipes da Prefeitura de Macaé vão retomar os trabalhos com objetivo de eliminar focos do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chicungunha.

Durante a primeira semana de 2016, as atividades com mutirões serão intensificadas em sete bairros da sede do município e um distrito da Região Serrana. Os agentes visitarão as casas para remoção de criadouros, colocação de telas em reservatórios de água que estejam sem tampa e ainda farão a orientação aos moradores.

O secretário de Saúde, Pedro Reis, ressaltou a importância da colaboração da população. "Estamos com várias frentes de atuação, mas é preciso que a população faça a sua parte e veja o trabalho de combate ao Aedes como uma guerra. Há uma preocupação com o zika vírus e as consequências como os casos de microcefalia registrados em bebês", alertou.

Os agentes estarão entre os dias 4 e 8 de janeiro nos bairros Maringá, Nova Esperança, Lagomar, Jardim Esperança, Miramar, Nova Malvinas, Cavaleiros e Glicério.

O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Flávio Paschoal, acrescentou que os objetos que possam acumular água devem ser eliminados, pois com a chegada da chuva, os ovos que foram colocados nestes depósitos podem eclodir assim que houver contato com a água.

Ciclo do Aedes - De acordo com estudos da Fundação Oswaldo Cruz, o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti varia de acordo com a temperatura, disponibilidade de alimentos e quantidade de larvas existentes no mesmo criadouro. Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de dez dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana, interrompendo o ciclo de vida do mosquito.

Uma fêmea pode dar origem a 1.500 mosquitos durante a sua vida. Os ovos são distribuídos por diversos criadouros, estratégia que garante a dispersão e preservação da espécie. Se a fêmea estiver infectada pelo vírus da dengue quando realizar a postura de ovos, há a possibilidade de as larvas filhas já nascerem com o vírus, no processo chamado de transmissão vertical.

Inicialmente, os ovos possuem cor branca e, com o passar do tempo, escurecem devido ao contato com o oxigênio. Os ovos podem resistir a longos períodos de dessecação – até 450 dias, segundo estudos. Esta resistência é uma grande vantagem para o mosquito, pois permite que os ovos sobrevivam por muitos meses em ambientes secos, até que o próximo período chuvoso e quente propicie a eclosão.


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