Os agentes de combate a endemias do Centro de Controle de Zoonoses da secretaria Especial de Saúde de Macaé estão participando, nesta quarta e quinta-feira (17 e 18), do treinamento para execução do Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti (LIRAa) entre os dias 22 e 26, conforme recomendação do Ministério da Saúde.
O supervisor geral do CCZ, Rogério Lemos, explica que o LIRAa tem como objetivo fazer o levantamento das larvas do mosquito transmissor da dengue e avaliar a incidência, por região da cidade através de uma amostragem e o número de infestação do mosquito por bairro.
Ele lembra que após o levantamento a atuação das equipes será priorizada nas áreas que apresentaram altos índices de infestação do mosquito. Atualmente, o CCZ conta com 132 agentes de endemias, sendo que 60 participarão do LIRAa. Segundo Rogério, durante o levantamento a meta é visitar 20% do total de domicílios do município.
A gerente técnica do CCZ, a veterinária Cristina Pereira, acrescenta que o trabalho de campo realizado pelos agentes de endemia é feito durante todo ano, mas com a chegada do verão, o aedes aegypti encontra as condições ideais para sua reprodução: chuvas e calor. “O combate ao aedes exige um trabalho não só do setor de saúde, mas de toda sociedade, mobilizada e consciente dos riscos da doença”, declara.
Este ano, o país teve um aumento considerável no número de casos registrados, e em Macaé a situação não foi diferente, de janeiro a agosto foram 1.819 notificações e 1.387 confirmações contra 359 notificações e 255 confirmações de todo ano de 2006. Cristina lembra que em setembro e outubro não houve nenhum registro.
LIRA - O Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa), tem como objetivo apresentar aos agentes de endemias uma nova metodologia para identificar as áreas de maior risco de proliferação do mosquito transmissor da doença.
O levantamento permite identificar os focos em tempo hábil para que sejam adotadas medidas capazes de reduzi-los antes do período mais crítico. A nova metodologia, repassada pelo Ministério da Saúde, é realizada em centenas de municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes.
De acordo com o Ministério da Saúde, a dengue ocorre principalmente entre os meses de janeiro e maio, pelas condições climáticas favoráveis ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti, nessa época do ano. Desde 1986, quando a doença foi introduzida no país, em todos os anos há registro de casos, com a ocorrência de picos epidêmicos durante esse período, relacionados com a chegada de um novo subtipo do vírus da dengue.
Para evitar surtos da dengue no próximo verão, o Ministério da Saúde, em parceria de estados e municípios, está promovendo ações de prevenção à doença nos meses de outubro e novembro, período que antecede o verão. Uma das ações é o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) em 170 municípios mais suscetíveis ao surgimento de surtos da doença.
O LIRAa identifica onde a presença do mosquito transmissor é maior. Com essas informações, as prefeituras podem adotar medidas capazes de reduzir esses focos antes do período mais crítico. Permite também a preparação adequada de cada município para que, no próximo verão, não ocorra epidemia.