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Alavancar o desenvolvimento regional é meta do Parque Tecnológico

11/09/2013 17:55:00 - Jornalista: Andréa Lisboa

Foto: Reprodução

Lançamento do Parque Científico e Tecnológico de Macaé será nesta quinta-feira (12), a partir das 17 horas, na Cidade Universitária.

Gestores municipais e representantes dos setores empresarial e acadêmico do município se reúnem nesta quinta-feira (12), a partir das 17 horas, na Cidade Universitária, para o lançamento do Parque Científico e Tecnológico de Macaé. Esse projeto integra o programa de governo Master Plan, que visa o desenvolvimento sustentável do município por meio de melhorias que abrangem ainda os sistemas portuário e viário, ampliação do aeroporto e até avanços na Educação Básica.

Os recursos para a execução do Parque Científico e Tecnológico estão reservados no orçamento do próximo ano. Ele será gerido pela Fundação Macaé de Ciências e Tecnologia. O projeto de lei para a criação da fundação está em trâmite na Procuradoria do Município e, em breve, será encaminhado à Câmara de Vereadores para aprovação. A finalidade da Fundação é dar mais agilidade à operacionalidade do Parque.

Esse projeto de lei e todo o planejamento do Parque estão sendo feitos por três grupos de trabalhos (GTs) formados por representantes de órgãos da gestão municipal e de instituições de ensino superior, há seis meses. Com o lançamento oficial do projeto, será possível formalizar parcerias por meio de convênio.

Os objetivos principais dessa iniciativa são: consolidar as políticas nas áreas de Ciências e Tecnologia; sistematizar a produção de pesquisa na região; facilitar a captação de recursos de programas do Governo Federal voltados para a pesquisa e para a inovação e inserir o cidadão macaense no contexto de inovação e valorização de conhecimentos que podem beneficiar toda a sociedade.

- Pretendemos criar um ambiente de colaboração. O Parque é uma das estratégias para que Macaé não fique refém de recursos esgotáveis, como o petróleo. Queremos ser destaque na produção de conhecimento - diz o subsecretário de Ciências e Tecnologia, Joelson Tavares.

O Parque irá ocupar uma área de 4.058 mil metros quadrados na Linha Verde. O Módulo 1 ficará na área que já está parcialmente pavimentada e iluminada, um local estratégico pela proximidade com a Cidade Universitária. No ano anterior, o projeto, originalmente idealizado pela UFF, já havia sido discutido com outras universidades, até ser incluído no atual projeto de governo.

De acordo com o engenheiro de produção da UFF, Carlos Eduardo Silva, que atua na coordenação do projeto do Parque, a ideia teve como modelo o “Vale do Silício”, na Califórnia (E.U.A), um parque tecnológico que se iniciou a partir de uma universidade e tornou mais eficaz a atuação de gestores públicos e dos setores empresarial e acadêmico.

Uma das propostas do Parque é dar visibilidade às inovações produzidas pelo setor empresarial local. Desta forma, aprimorando soluções criativas, gerando novos produtos ou novos jeitos de fazer e até exportando conhecimentos originados em grandes ou em pequenas empresas da região.

O município já desenvolve para o Parque Científico e Tecnológico o Projeto de Difusão de Políticas Municipais de Ciências, Tecnologia e Inovação em Macaé (PDCTI). Três GTs foram formados para sua elaboração. O primeiro grupo desenvolve políticas públicas voltadas para toda a sociedade, como excursões ao Parque e visitação ao Espaço da Ciência, que será criado. O segundo grupo é voltado para a Educação Básica, com o objetivo de incentivar o pensamento científico, desenvolver feiras de ciências, entre outras ações. O terceiro, para o apoio a pesquisas com implicações nas políticas públicas. A promoção de Cadastro de Pesquisadores e a criação de prêmio para inovação na administração municipal estão entre as ações previstas.

No Módulo 1 do Parque vão ser instalados um Núcleo de Incubação, para a criação de empresas e ainda um ‘Soft Landing’, que visa favorecer a inserção de empresas de base tecnológica na região.

Estruturas do Parque

A área do Parque Tecnológico será ocupada por Centros de Desenvolvimento Tecnológico (CDTs), Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs), Núcleo de Incubação, Centro Empresarial, Espaço para Eventos e Estrutura Administrativa. Também há previsão, num segundo momento, para a implantação de estruturas de convívio e integração socioambiental, como o Espaço da Ciência, o Museu do Petróleo e o Jardim Botânico.

Os Centros de Desenvolvimento Tecnológico (CDTs) têm como principal objetivo o desenvolvimento de pesquisa e inovação para atender as demandas tecnológicas regionais, bem como criar novos mercados para tecnologias e inovações desenvolvidas no parque. Os CDTs terão estrutura modular e variável. Esses centros deverão ser construídos posteriormente, quando o Parque já estiver em operação, a partir da interação entre empresas e universidades. A implantação dos CDTs será de responsabilidade das instituições interessadas, porém sujeita às regras condominiais pré-estabelecidas pela instituição gestora para a ocupação da área.

O Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Prefeitura difere do modelo dos demais CDTs, quando a Prefeitura assume o papel de instituição, interagindo com universidades e centros de pesquisa, buscando soluções para demandas de interesse público, tais como saúde pública, mobilidade urbana, gestão de resíduos sólidos, entre outros. Em termos de área e estrutura física, esse CDT será reduzido e simplificado.

Os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) são constituídos por uma ou mais Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) com a finalidade de gerir uma política de inovação comum a essas organizações. Por isso, há diferentes modelos de NITs de acordo com as especificidades de cada ICT, ou consórcio de ICTs, e dos mecanismos de transferência de tecnologia utilizados por elas. A proposta para o Parque é criar quatro NITs temáticos para gerir o desenvolvimento de pesquisas nas seguintes áreas estratégicas: Petróleo, Gás e Energia; Sustentabilidade; Biotecnologia; e Tecnologias da Informação e Comunicação. Cada um desses núcleos contará com sua própria sede, composta por escritórios e salas para a condução de suas atividades.

O Núcleo de Incubação é um espaço destinado para ser ocupado por micro e pequenos empreendimentos de base tecnológica e em processo de incubação. O objetivo é oferecer uma infraestrutura física e de serviços para a instalação de empreendimentos que venham a surgir a partir das atividades do parque, ou atraídos por oportunidades de inovação, tecnologia e negócios do parque. A estrutura é composta por escritórios compactos, salas de reunião, recepção, secretaria e ambientes de apoio.

O Centro Empresarial tem como objetivo disponibilizar um local dentro do parque onde as empresas interessadas possam instalar escritórios ou sedes no município. Para atrair as empresas, o ambiente contará com toda a infraestrutura necessária em termos de recursos físicos e tecnológicos, além de espaços apropriados para networking, negócios e convivência. A princípio, pretende abrigar aproximadamente trinta escritórios e salas. Porém, o modelo de ocupação proposto para o prédio permite a flexibilização dos tamanhos das salas de acordo com as demandas das empresas.

O Espaço da Ciência foi concebido a partir de uma das estratégias para implantação do parque, que pretende fomentar na sociedade macaense uma cultura baseada no conhecimento científico e tecnológico. É um espaço destinado à visitação do público, com exposições interativas em diversas áreas da ciência, tais como Física, Química, Biologia, Astronomia, etc. Possuirá uma ampla estrutura capaz de alocar laboratórios temáticos para a apresentação de experimentos, um salão para feiras e exposições científicas, salas de visitação e observação de artefatos, além de ambientes de apoio, lazer e convivência.


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