Estudantes da rede municipal de ensino estão participando do projeto de pesquisa “Utilização de Medicamentos e Prevenção da Automedicação”. A programação, que já foi iniciada no Colégio Municipal Ancyra Pimentel, vai se estender ainda neste semestre com registro de levantamento de dados e realização de palestras nas unidades municipais Coquinho e Ciep 455 Maringá. O objetivo do projeto é abranger especialmente os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA)
A coleta de dados é realizada pelos estagiários do curso de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) campus Macaé com o monitoramento da professora e doutora Magdalena Rennó. O próximo passo é a realização do projeto na unidade municipal Coquinho, com pesquisa na quarta-feira (27), e palestra no dia 20 de maio.
De acordo com o secretário de Educação, Guto Garcia, a parceria entre a UFRJ e a Secretaria Municipal de Educação (Semed) visa integrar e preparar alunos da EJA quanto à prevenção dos riscos da automedicação, da compra sem receita ou com receita indiscriminadamente: “Sabemos que medicamentos frequentemente consumidos sem indicação médica podem causar os perigos. É importante que as pessoas saibam cuidar melhor da saúde, conheçam o risco da automedicação, valorizem mais o conhecimento médico e o ideal é que todos os medicamentos sejam vendidos apenas com retenção de receita”, diz.
Além da pesquisa, será realizada, no dia 30 de maio, uma palestra específica quanto aos cuidados da ingestão de medicamentos por conta própria. O ciclo de palestras será direcionado especificamente conforme o levantamento dos dados coletados: “A palestra será voltada para a questão de quais os medicamentos mais utilizados por conta própria pelos alunos da rede. Desta forma, eles serão mais orientados”, diz a subsecretária de Educação na Saúde, Cultura e Esportes, Conceição de Maria Alves.
Para a subsecretária, o projeto que está sendo implementado junto aos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é importante: “Apesar de saber que é perigoso ingerir remédios com base na indicação de terceiros, muitas pessoas ainda recorrem à automedicação. Porém, em geral, essa conduta sai mais cara. Os remédios podem agravar doenças, mascarar sintomas, ter efeitos colaterais danosos ou, no mínimo, servir para nada”, ressalta Conceição de Maria.