Alunos da oitava série da Escola de Pescadores, acompanhados de professores da equipe do Professor da UFRJ, Fernando Amorim, visitaram nesta quinta-feira (09) o Mercado Municipal de Macaé, para fazer pesquisa sobre a atividade pesqueira no município. Após a coleta de dados, identificaram problemas e debateram em sala de aula as prováveis soluções. A visita ao mercado integra as atividades de campo programadas para a segunda e terceira semanas do Seminário Educação e Trabalho, planejado pela equipe de coordenadores da Universidade e da Escola.
Para resolver todos os problemas, os alunos concluíram que o caminho é a implantação de uma cooperativa, com soluções que incluem armazenamento adequado, com gelo suficiente ou barcos com frízeres ou frigoríficos; transporte e manuseio com mais cuidados de higiene, preços mais compensadores para os pescadores e marisqueiras – mulheres que descascam camarão – entre outras.
Divididos em três grupos, os alunos foram orientados pela professora de Beneficiamento de Pescado, Elaine Lima, professora de Aqüicultura e Beneficiamento do Pescado, Valéria Pacheco, e formando da UFRJ, professor de Organização do Trabalho, Vicente de Oliveira.
O professor Fernando Amorim, supervisor da equipe de professores da UFRJ, falou sobre o seminário. “No ano passado, surgiu a idéia da organização de um seminário em 2006, que praticasse a interdisciplinaridade e acontecesse com oficinas nas dependências da escola e extra-muros, com visitas a locais que têm a ver com as disciplinas estudadas pelos alunos”, disse.
Fernando acrescentou que com esse objetivo foram programadas visitas ao estaleiro de construção de barcos na Barra, complementando a matéria Construção Naval, visitas ao Mercado de Peixes, que tem a ver com Beneficiamento do Pescado, Aqüicultura e Organização do Trabalho; passeios ao Parque de Jurubatiba, ligado ao assunto Meio Ambiente; passeios de barco e aprendizagem de remo, como parte de Navegação, e outras atividades.
Segundo o professor Fernando, o objetivo é preparar os alunos em atividades técnicas, numa fase escolar em que há a maior evasão – da 5ª a 8ª série- quando muitos têm que trabalhar`, até porque no final desse período cessam programas sociais de ajuda às famílias. “O objetivo é mesmo profissionalizar, uma iniciativa pioneira, quando se sabe que a profissionalização é própria de escolas de ensino médio”, concluiu.