Foto: Kaná Manhães
Reunião aconteceu nesta quarta-feira (31) no gabinete da vice-prefeita, Marilena Garcia
Os alunos da rede pública de Macaé já podem comemorar mais uma conquista na área de Educação. Através de uma ação entre a Prefeitura e o Instituto Federal Fluminense (IFF), todos os alunos que realizarem o processo seletivo deste ano terão direito a uma bonificação de oito pontos no concurso de acesso ao Instituto, tanto para os cursos de Ensino Médio Integrado e do Curso Técnico Subsequente, representando 20% da prova.
O benefício foi acordado nesta quarta-feira (31) durante uma reunião no gabinete da vice-prefeita, Marilena Garcia, com o diretor de Ensino e Pesquisa, Ivan Silva, e o diretor do Departamento de Trabalho e Extensão, Lenilson da Fonseca Júnior, ambos do IFF, e da representante da Secretaria Municipal de Educação, Dora Ribeiro.
Segundo Ivan Silva, com esta nova modalidade de acesso ao Instituto, com certeza aumentará o número de alunos de Macaé nos cursos do IFF. “O edital do próximo concurso deverá sair ainda esta semana, e é direcionado aos alunos que concluírem o Ensino Fundamental e o Ensino Médio até o final deste ano”, explicou o Diretor.
A parceria entre a prefeitura e o Instituto Federal Fluminense já existe desde 1997 e sua ampliação é mais um apoio do Governo Federal ao município devido à ligação histórica de Marilena Garcia ao órgão, que na época era chamado de Escola Técnica Federal, através de uma luta de seis anos, enquanto vereadora, para a implantação do espaço em Macaé.
Marilena destaca a importância deste convênio pois facilita o ingresso imediato dos alunos de Macaé ao mercado de trabalho, principalmente no setor offshore. “Através desta parceria, já realizamos a certificação dupla de mais de 700 alunos oriundos da rede pública de ensino”, afirmou Marilena.
Um pouco do histórico do IFF
A História do IF Fluminense começou no início do século passado. Foi Nilo Peçanha, o então presidente da república, que criou através do decreto número 7566 de 23 de setembro de 1909, as Escolas de Aprendizes e Artífices com o propósito de educar e proporcionar oportunidades de trabalho para os jovensdas classes menos favorecidas.
A princípio, a ideia foi implantar as escolas nas capitais dos Estados, cidades com maior capacidade de absorção de mão de obra, destino certo daqueles que buscavam novas alternativas de empregabilidade nos espaços urbanos.
Excepcionalmente no Estado do Rio de Janeiro, a escola não foi instalada na capital e sim na cidade de Campos. No dia 23 de janeiro de 1910, a escola entrou em funcionamento, a nona a ser criada no Brasil com cinco cursos: alfaiataria, marcenaria, tornearia, sapataria e eletricidade.
Com a crescente industrialização do país, tornava-se cada vez mais importante a formação de profissionais para suprir as demandas do mercado e 12 anos depois as Escolas de Aprendizes e Artífices de nível primário são transformadas em Escolas.
No ano de1974, a ETFC passa a oferecer apenas cursos técnicos em seu currículo oficial e põe fim as antigas oficinas. Neste ano, a Petrobrás anuncia a descoberta de campos de petróleo no litoral norte do estado. Notícia que mudaria os rumos da região e influenciaria diretamente na história da instituição. A Escola Técnica Federal de Campos, agora mais do que nunca, representa o caminho para o sonho e passa a ser a principal formadora de mão de obra para as empresas que operam na bacia de Campos.
No começo da década de 90, as Escolas Técnicas Federais são transformadas em Centros Federais de Educação Tecnológica, porém, só em 1999, depois de um longo período de avaliação institucional, seis unidades da Rede Federal são autorizadas a oferecer cursos em nível de terceiro grau. O desenvolvimento regional passou a delinear o projeto institucional do Cefet Campos, que um ano antes havia inaugurado a Unidade de Ensino Descentralizada (Uned) em Macaé.