Alunos do CAp ganham prêmio estadual com trabalho sobre Inteligência Artificial

28/11/2023 10:59:00 - Jornalista: Raphael Bózeo

Foto: Divulgação

A pesquisa também contou com a participação da comunidade escolar

Joana, Gabriel e Pedro Paulo adoram participar de projetos na escola e são fãs de matemática. Motivados pela vontade incessante de aprender, os três alunos do Colégio de Aplicação de Macaé (CAp) foram premiados no último fim de semana, na Feira Estadual de Ciência e Tecnologia (FECTI), realizado no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro - ISERJ/FAETEC, com um trabalho sobre Inteligências Artificiais (IA).

Mentorados pela professora Érica Scheffel, mestra em Informática, os capianos (como são carinhosamente conhecidos os alunos do CAp) conquistaram o 4°lugar na categoria Ciências Exatas e da Terra, competindo com 21 equipes de ensino médio de todo o Estado do Rio, entre escolas públicas e particulares. Ao todo foram 160 times participantes.


"Foi bem trabalhoso e necessitou de bastante tempo. Isso fez com que a gente se aprofundasse em diversos temas que agregam muito em nossas vidas. Mas também foi divertido. Ter ficado em quarto lugar na FECTI e em primeiro na Fecimac foi esplêndido, mas as experiências, conhecimentos e o enriquecimento pessoal por si só já são um prêmio", destacou Pedro Paulo, aluno do segundo ano do ensino médio do CAp.

A FECTI é a maior feira de ciências e tecnologia do Rio de Janeiro voltada para a educação básica, é promovida pela Fundação CECIERJ e recebe financiamento do CNPq e da FAPERJ.

"Participar dessa Feira é uma grande conquista, já que os trabalhos selecionados passam por um processo rigoroso de avaliação, incluindo a performance nas feiras afiliadas. A Feira das Ciências do Município de Macaé (Fecimac) é uma das afiliadas e, por eles terem conquistado o 1° lugar na categoria de ensino médio em Macaé, garantiram vaga na FECTI", comemorou a professora Érica.

O projeto

Como identificar as diferenças do raciocínio da Inteligência Artificial (IA) e do raciocínio humano? Foi o que pensaram Joana, Gabriel e Pedro Paulo, levando o trabalho para entender cada vez mais a IA através de pesquisas.

Foram realizados vários testes no Chat GPT da empresa OpenAI, embasados por algumas teorias clássicas, como a do filósofo Georg Hegel, que define o pensamento humano como um processo composto por três momentos: abstrato, dialético e especulativo.

A pesquisa também contou com a participação da comunidade escolar, que foi convidada a ler e tentar identificar pequenos textos produzidos por humanos e por IAs.

"Fizemos vários testes para verificar o quão parecido com um humano a Inteligência Artifical escreve e raciocina, e também para verificar a eficiência. A nossa conclusão foi que melhorá-lo envolve o desenvolvimento do que chamamos de 'pseudo emoções', que seriam gatilhos emocionais para fazê-lo aprender a lidar, por exemplo, com textos preconceituosos ou dilemas morais", explicou Joana.


Premiados:

Alunos: Gabriel Evangelista Ferreira, Joana Diniz Costa Vidal e Pedro Paulo Landim Lacerda

Professora: Érica Scheffel


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