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Foram três medalhistas, ouro, prata e bronze e sete menções honrosas, sendo a medalha de ouro inédita no Ensino Médio.
Para alguns estudantes, ela é uma das disciplinas mais temidas. Para outros, é a preferida: matemática. Alunos do Colégio de Aplicação de Macaé (CAp), obtiveram excelente resultado na 19ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP - 2024). No CAp foram três medalhistas, ouro, prata e bronze e sete menções honrosas, sendo a medalha de ouro inédita no Ensino Médio.
Para o professor de matemática, Paulo Henrique, o resultado exitoso dos alunos se deu por conta da formação de um grupo de estudos criado pelos próprios alunos.
“Neste grupo, liderado pelo Gabriel Evangelista, medalhista de prata, foram abordados temas que são cobrados na OBMEP e também a realização de vários exercícios associados às provas anteriores. Esse grupo de estudo foi um marco importante e vamos continuar para obtermos mais medalhas nas próximas edições”, frisou o professor.
“A sensação é incrível, porque as realizações intelectuais são algumas das mais importantes pra mim, então fechar o Ensino Médio com uma medalha da OBMEP foi um ótimo presente pra mim mesma. Mas, pra falar a verdade, quando eu vi a medalha, uma sensação que veio junto com o êxtase foi o alívio”, disse, acrescentando que medalha é o resultado de 18 anos de paixão pela matemática.
“Uma coisa interessante é que, antes de conquistar a medalha, a gente vê os medalhistas como a coisa mais extraordinária e inalcançável. Mas, pelo menos no meu caso, uma vez que eu ganhe, eu não consigo achar isso tão extraordinário é impossível. Mas acho que essa sensação de descobrir que um prêmio como esses não é uma coisa de outro mundo é importante, para sabermos que outras coisas que parecem que nunca vamos conseguir podem estar ao alcance da nossa mão”, observou.
“Eu pretendo fazer bacharelado em Física, pra virar pesquisadora”, contou, decidida.
“A proposta surgiu como uma oportunidade de incentivar as mentes brilhantes que temos no colégio a se prepararem. Muitos alunos do ensino público não conhecem as portas que essa prova abre para o ensino superior e a grande motivação que a OBMEP representa para os estudantes que buscam conhecimento de forma mais autônoma”, falou.
“Nestes encontros do Grupo de Estudos passava um pouco da minha experiência com a Olimpíada para os demais interessados. No princípio, contamos com a participação de aproximadamente 15 alunos. Depois da primeira fase da Olimpíada e da seleção para segunda fase, a frequência nos encontros diminuiu bastante, porém, os que permaneceram foram os alunos convictos que, através do esforço, colheram frutos no final do ano", pontuou.
“Acabei de concluir o Ensino Médio e prestei vestibular para Engenharia da Computação. Tenho muita vontade de fazer Mestrado em Matemática, voltado para assuntos computacionais”.
"Esse grupo de estudos foi muito importante para concretizar as conquistas da escola esse ano. Eu não tinha participado antes de um projeto voltado para essas olimpíadas, mas aproveitei muito e com certeza foi essencial para que eu conseguisse "medalhar". É uma oportunidade gigante para todos os alunos, e é um exemplo de projeto no meio escolar organizado por alunos, algo que o CAp promove muito", observou.
"A melhor parte foi poder trocar ideias com outros alunos. A gente se reunia para estudar, tirava dúvidas e aprendia uns com os outros. Foi nessa troca que eu vi que a matemática não é só uma matéria, mas uma forma de pensar e resolver problemas. A OBMEP me ajudou a desenvolver o raciocínio lógico, a criatividade e a persistência. Aprendi que, mesmo quando não sei a resposta de cara, posso encontrar a solução se eu me dedicar e não desistir. Além disso, a OBMEP me abriu muitas portas. Conheci professores incríveis, participei de programas de iniciação científica e fiz amigos para a vida toda", disse.