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Alunos do EJA debatem sobre políticas públicas de cultura

05/12/2007 17:36:32 - Jornalista: Andréa Lisboa

Os alunos do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal Botafogo debateram sobre cultura, fizeram reivindicações e apresentaram sugestões, durante palestra ministrada, na terça-feira (4), no auditório da escola, pela presidente da Fundação Macaé de Cultura (FMC), Conceição de Maria. O evento que contou a participação de aproximadamente 60 alunos, destacou a necessidade de se discutir políticas públicas para o setor cultural.

No entanto, um número chamou a atenção dos organizadores do evento. Menos de 10% alunos presentes conhecia ou já havia freqüentado o Teatro Municipal de Macaé, a Biblioteca Pública Municipal Dr. Télio Barreto, a Galeria de Artes Hindemburgo Olive e a Escola Municipal de Artes Maria José Guedes. Presidente da FMC, Conceição de Maria expôs alguns conceitos de cultura e enfatizou que não está restrita aos centros formais. “Se cultura é tradição, todos nós temos cultura”, concluiu a formanda e auxiliar de limpeza predial, Verônica dos Santos Costa, de 47 anos.

Conceição apresentou os órgãos que integram a fundação e salientou que eles são constituídos com o objetivo de atender a todos os munícipes. “Se é municipal é para o povo”, disse. Entre os trabalhos desenvolvidos pela FMC, a presidente ressaltou os projetos com entrada franca, entre eles o “Segunda de 1ª”, o “Palavra Expressa” e o “Roda Viva da Cultura”, que acontece aos domingos nos bairros.

A também formanda e copeira, Elizabeth Marques Santos, de 45 anos, salientou a necessidade da cultura ser fomentada nos bairros, atendendo o interesse da população. Elizabeth sugeriu a implantação de cursos de teatro nas escolas do município, como instrumento de integração social.

O aluno da fase 2 e eletricista, Ney Nelson dos Santos, de 25 anos, reivindicou o aumento do número de vagas no Conservatório Macaé de Música e também elogiou iniciativas como o “Roda Viva da Cultura”. Para Conceição de Maria, políticas públicas para o setor devem ser discutidas nas escolas e nas comunidades e concluiu: “A cultura, forma, transforma e desenvolve. É socialmente indispensável”.