Foto: Kaná Manhães
O curso oferece uma oportunidade para resgatar a história de Macaé
Conhecimentos sobre quesitos arqueológicos de Macaé estão sendo ministrados para 40 professores de diversas áreas, no Solar dos Mellos. É que a arqueóloga do Museu de Arqueologia da Universidade de São Paulo (USP), Maria Tereza Vieira Parente, está proferindo orientações no curso Arqueologia e Patrimônio em Macaé, resultado dos trabalhos da empresa Alaska Arqueologia, devidamente financiada pela Petrobras.
O curso conta com apoio da secretaria de Educação (Semed) e da subsecretaria de Acervo e Patrimônio Histórico (Semaph). Ele é vinculado às pesquisas arqueológicas desenvolvidas no Terminal Cabiúnas. A profissional conta que pouco se sabe como os índios viviam antes da chegada dos portugueses, entretanto com a pesquisa arqueológica, mais informações sobre eles podem ser averiguadas, descobertas, estudadas.
- Em Cabiúnas, encontra-se o sítio arqueológico Tupi-Guarani. A ele foi dado o nome de Cabiúnas 2. Lá, foram descobertos vestígios desses índios. Tanto o trabalho de pesquisa arqueológica, quanto o trabalho com os professores no curso irão culminar com uma exposição no início de outubro, mostrando à população partes dos vestígios encontrados e os desenhos feitos pelos alunos sobre esta temática, cujo fim é disseminar e valorizar o patrimônio histórico macaense – conta a arqueóloga Maria Tereza Vieira Parente.
Opinião dos professores
No entender do profissional de ensino Armindo Neto, o curso oferece uma oportunidade para resgatar a história de Macaé e incluí-la dentro do currículo dos alunos. “Estamos podendo conhecer riquezas dentro do município, como os manguezais, o Palácio dos Urubus, o próprio Solar dos Mellos, além da restinga de Jurubatiba”, pontua ele.
Já a professora Glaucinéa Almeida Dias lembrou que a cultura e a preservação de Macaé são tratadas com o objetivo de disseminar nas turmas tais conhecimentos. “Através da educação existe a possibilidade de abranger um maior número de pessoas, resguardando valores substanciais para a sociedade, como o patrimônio histórico”, conclui.