A Fundação Macaé de Cultura já está promovendo os ensaios da Companhia Art Luz de Dança e Teatro, que reúne 22 crianças de sete aos 11 anos e 20 jovens, incluindo oito rapazes. O grupo está sob a orientação da coreógrafa e professora de dança Alessandra Gripp. Todos são moradores da periferia.
Segundo a presidente da Fundação Macaé de Cultura, Ivana Mussi, esta é a oportunidade que a criança e o adolescente tem para se encontrar com a arte. “Com consciência de que a arte é um caminho para expandir este instinto cultural em prol de uma profissionalização, montamos a Companhia Art Luz de Dança e Teatro”, conta Ivana.
Para formar a Companhia, foi feita uma audição com todos os jovens do Art Luz, quando foram selecionados os atuais membros.. Ivana lembra ainda que os jovens que quiserem seguir o caminho da arte como profissão podem matricular-se na Escola de Artes Maria José Guedes. “Os que quiserem se profissionalizar na área musical podem entrar no Conservatório Macaé de Música”, avisa.
Além disso, a presidente da FMC lembrou que o núcleo de dança está sendo montado para iniciar em fevereiro todos os cursos técnicos , quando registros profissionais serão oferecidos aos alunos. “A equipe do Art Luz é coordenada por Ângela Terra, vice- presidente da Fundação”, diz, avisando que um espetáculo está sendo montado para o final do ano.
O Espetáculo e a quebra de preconceitos
Os espetáculos já estão sendo ensaiados. A Companhia Art Luz de Dança e Teatro irá se apresentar nos dias 15 e 16 de dezembro, na Praça Veríssimo de Melo. O espetáculo “De repente” tem o horário de início ainda indefinido.
Uma das conquistas da Companhia foi levar meninos à dança moderna. Alencar Rosa, 16 anos, morador da Fronteira quer estudar dança. No Art Luz há dois anos, o estudante dança duas vezes por semana Dança de Rua e outras duas vezes dança moderna.
“A palavra preconceito não existe aqui”, enfatiza Ângela Terra. Ela diz que no projeto homem dança balé e mulher luta caratê, mas todos ganham medalhas de ouro. Segundo disse, o Projeto tem duas mil pessoas, entre crianças, adolescentes e mulheres.
Já a coreógrafa e professora de dança da Companhia, Alessandra Gripp, disse que a modalidade e a coreografia são contemporâneas e nos ensaios há músicas de Villa Lobos a Osvaldo Montenegro.