As aulas de graffiti do projeto Art Luz tiveram início na segunda-feira (20), com os professores Marlon Muk e Marcelo Eco. As aulas de Muk acontecem na Escola Municipal Maria Letícia, na Granja dos Cavaleiros, às segundas-feiras, de 14h às 18h. Marcelo Eco ensina neste mesmo dia e horário, na Igreja Batista das Malvinas. O projeto pertence à Fundação Macaé de Cultura.
O objetivo do curso, que tem 20 alunos em cada uma das duas turmas, é mostrar nova forma de expressão cultural para a juventude. Os alunos têm idades acima dos 13 anos. O graffiti é feito com spray de diversas cores. O painel pintado reflete a criatividade do autor e pode nascer no momento da pintura ou é resultado de elaboração anterior.
Os professores têm estilos próprios. Muk utiliza trabalhos em cor verde, enquanto Eco caracteriza-se por usar azul, rosa e lilás em painéis e muros. O graffite existe há mais de 30 anos e tem como característica a visibilidade no espaço urbano.
Marcelo Eco, 25 anos, é grafiteiro há dez. Ganhou o prêmio nacional da cultura Hip Hop (prêmio Hútuz), como destaque do graffiti de 2004. O prêmio foi entregue a ele no Canecão, Rio de Janeiro. Já expôs no Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói, e na galeria LGC Arte Hoje, na Praça XV, Rio.
Seus trabalhos foram escolhidos como cenários de programas como Oi Radical, na TV Record, Gema Brasil, na TVE e outros. Suas obras também foram colocadas como cenografia em teatros como o Sesc de São Gonçalo e o de Campo Grande. Entre os principais eventos que atuou está o Conexões Urbanas, na cidade de Deus, onde participaram Caetano Veloso, Afro Reggae e MV Bill.
Um dos iniciantes do graffiti em Macaé, Marlon Muk fez sua primeira mostra em 2000, quando começaram as encomendas para a realização de trabalhos na cidade. Em 2001, desenho seu foi escolhido para decorar a Escola Municipal Ana Benedita. Em 2002, participou da segunda mostra de graffiti de Macaé, fez trabalhos em diversos muros da cidade, além de expor na galeria de Artes Hindemburgo Olive.
Em 2003, participou de evento nacional em São Paulo e seus trabalhos foram registrados na revista Rap Brasil. Em 2004, pintou banner para a área de Recursos Humanos da Petrobrás, quando recebeu convite para participar do maior evento da cultura Hip Hop no Brasil, o Hútuz. Em 2005, trabalhou junto com o professor e pesquisador Ricardo Meireles (secretário de Acervo e Patrimônio Histórico), para “graffitar” pontos turísticos e históricos de Macaé.