O trabalho com papel machê, feito pelo projeto Art Luz, da Fundação Macaé de Cultura (FMC), desenvolve instinto artístico, criatividade, coordenação motora e destreza de 13 alunas. Tudo isso graças às aulas da professora Lúcia Pacheco, às terças e quintas-feiras, das 9h às 10h30m, no Sindicato dos Servidores, na Fronteira.
São produzidos objetos utilitários como caixas de jóias, vasos, porta-retratos, além de esculturas, como corações para enfeites. Entre o material usado para esta arte, encontram-se papéis, jornais, colas e tintas coloridas. Este curso, gratuito, acontece há seis anos no local. As alunas têm entre sete e 14 anos de idade.
Segundo Lúcia Pacheco, estes trabalhos são muito importantes para a vida das crianças, uma vez que a arte é canalizada para a imaginação. Assim, ocorrem condições favoráveis para que elas vivam a realidade com mais disciplina e conhecimento de seus limites. Assuntos como saúde, sexualidade, importância da leitura e dos estudos também são tratados nas aulas. “Busco o diálogo como maneira de orientar estas crianças”, afirmou Lúcia.
Há dois anos nas aulas, Vanessa Pedreira de Souza (12), que está na quinta série do ensino fundamental, na Escola Municipal Professor Samuel Brust, gosta muito do curso. “Aprendi a fazer caixas de jóias e corações”, comemora. Ela também faz jazz no Art Luz, sendo moradora da Fronteira. Já Daiana Viana da Costa (11), estudando na quinta série no Colégio Municipal Cláudio Moacyr de Azevedo, disse que é apoiada pela família para atuar no projeto, onde também faz balé e jazz. Ela mora no Parque Aeroporto.
História do Papel Machê
Inventado na China por Tsái Lun, 105 AC, o papel foi introduzido na Europa pelos árabes somente no século XII DC. Não muito após sua descoberta, os chineses começaram a utilizar o invento artisticamente. Desde então, a história do papel machê está intimamente relacionada com a própria história do papel, o seu principal insumo.
Apesar de os chineses terem descoberto o papel e sejam considerados os precursores do papel machê, foi através dos franceses que esta arte se difundiu, sobretudo, no Ocidente. Os franceses desmanchavam o papel usado, obtendo pasta na qual adicionavam cola, fabricando caixas de rapé e outros objetos.