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Art Luz tem coreografias reconhecidas em nível nacional

29/10/2012 14:55:00 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Foto: Divulgação

Trabalhos já foram apresentados fora de Macaé.

Buscando inspiração em sua vida e na vida dos bailarinos, a diretora artística e coreógrafa do Programa Art Luz, Alessandra Gripp, já produziu dezenas de coreografias. Entre elas, estão “Todo Bobo”, vencedora do Festival de Joinville, em 2008, “Telma”, que mesmo sem ter vencido agradou os críticos desse mesmo festival, em 2009, e “Um Dia o Trem Passou por Aqui”, cuja inspiração baseou-se nos avós maternos da coreógrafa.

Alessandra foi a primeira professora de dança do Art Luz, há 14 anos, quando esse programa era apenas um projeto. Disse que suas coreografias são um conjunto de partituras em movimento. Essas misturam música, dança, expressões e teatro, sempre com uma mensagem para o público, constituído por apreciadores, curiosos e amantes da arte de dançar.

Ela conta que durante as apresentações de sua coreografia intitulada “Telma”, no festival de dança de Joinville, em 2009, os jornais locais destacaram com entusiasmo esse trabalho macaense. “Os bailarinos eram provenientes da dança de rua, percebi preconceito aos homens que dançavam balé. Essa coreografia permitiu que eles reavaliassem seus valores”, explica Alessandra.

- Respeito a individualidade e a identidade dos alunos e deles tiro inspiração para meus trabalhos coreográficos – pontua. Na coreografia “Deslembrar” (2006), Alessandra diz que se inspirou na luta de uma classe injustiçada e excluída, que vive à margem da sociedade.

A diretora artística do Programa Art Luz conta que houve tanta cumplicidade em suas coreografias que isso mudou sua forma de enxergar e ensinar dança. “Meus alunos me ensinaram muito. Foi uma troca de experiência que me marcou profissionalmente”, conta.

Já em “Todo Bobo”, ela conta a história da música “Telegrama” de Zeca Baleiro, por intermédio da dança de três bailarinos que formam um trio contemporâneo avançado. “Todo Bobo” ganhou o festival de Joinville, em junho de 2008, e levou à glória os adolescentes oriundos da periferia de Macaé.

Por sua vez, a coreografia “Um Dia O Trem Passou Por Aqui” mostra nos palcos a história dos avós de Alessandra. “Nesse trabalho coreográfico, a gente trata de um resgate da memória das pessoas que tiveram e ainda têm algum tipo de relação com o espaço público, especialmente com as estações de trem, quando há toda uma teia de vida entrelaçada nesse espaço”, explica a coreógrafa.

Através da Companhia de Dança do Art Luz, os coreógrafos Glaub da Silva e Alessandra Gripp irão brindar a comunidade macaense com espetáculos, que estão sendo bem preparados, para serem apresentados no final do ano de 2012.