O pagode do Art Popular é a atração deste sábado, dia 28, do Fest Verão Macaé, na área de lazer no quilômetro três da Linha Verde. O evento, organizado pela prefeitura e pela Empresa Municipal de Turismo (MacaéTur), já é um sucesso de público, que está elogiando a infra-estrutura montada. Para facilitar o acesso ao local, foram disponibilizadas novas linhas de ônibus. A segurança da Guarda Municipal e da Polícia Militar foi reforçada com a contratação de uma empresa particular.
Formado no início dos anos 80, na zona norte de São Paulo, o Art Popular iniciou seus ensaios com Leandro Lehart (voz, violão e cavaco), Tcharlinho (pandeiro), Márcio Art (voz), Malli (percussão), Evandro (repique) e Denílson (percussão). Ao contrário da maioria dos grupos surgidos naquela época, o sexteto não pendia para o lado do romantismo puro, preferindo assumir influências do samba do grupo carioca Fundo de Quintal e da música negra americana.
Após quase uma década tocando em pequenas bares da periferia, o Art Popular - nome inspirado em um trecho da música "Coisa de Pele", de Jorge Aragão - foi descoberto pelo selo Kaskata`s e lançou, em 1993, O Canto da Razão. O álbum vendeu mais de 150 mil cópias, esgotou rapidamente nas lojas e rendeu um contrato com a gravadora multinacional EMI.
Em 1994 saiu Nova Era, que afastou um pouco a banda de suas raízes dançantes, mas faturou disco de platina (mais de 250 mil cópias vendidas) e emplacou músicas como "Valeu Demais" e "Bom Bocado". Quase dois anos depois, foi a vez de Temporal ser gravado com nova fornada de romantismos - como o sucesso "Nani" - e até um tempero axé music em "Pimpolho" (o hit maior do disco).
Somente em 1997 o Art Popular retomou a diversidade musical do início de carreira. Com produção ousada de Leandro Lehart, Sambapopbrasil soou realmente como novidade no mercado do samba. "Fricote" flertou com a música sertaneja e contou com a participação da dupla João Paulo & Daniel, "Requebradum" foi vitaminada com toques eletrônicos, "Noite Fria" teve Thaíde & DJ Hum como convidados e a velha guarda do samba ganhou homenagem em "Pout-porri dos Ídolos" (com canções de Jorge Aragão, Marquinhos Satã, Mauro Diniz, Leci Brandão e Alcione). Como resultado, mais de 500 mil cópias vendidas.
Nova carga de mistureba foi solta em Sambapopbrasil 2, de 1999. Além das participações inusitadas do soulman Billy Paul e do grupo gospel americano Take Six, o CD incluiu o hit samba-rock "Agamamou". A faixa entrou até na programação da MTV e propiciou um convite que parecia improvável: a gravação de um cobiçado disco desplugado com o selo da emissora musical - o primeiro feito por um grupo de pagode. Acústico foi lançado com repertório eclético que ia desde "Maneiras", de Zeca Pagodinho, até "Um Auê Com Você", Baby do Brasil.
Em 2000, Leandro Lehart gravou seu primeiro disco-solo e, meses depois, comunicou seu afastamento do Art Popular. Com Márcio assumindo integralmente os vocais, o grupo ainda contou com seu ex-líder na produção do disco que chegou às lojas em 2001. Em 2003, Leandro voltou ao grupo, e para comemorar os 10 anos de carreira, o Art Popular lançou o CD Ao Vivo: Sem Abuso e Amigos, onde apresenta suas versões para sucessos originalmente gravados por outros artistas.