A Feirart, evento que reúne artesãos do Norte e Noroeste do Estado, vai acontecer em janeiro em Macaé. A informação foi passada aos artesãos da cidade durante a reunião mensal com a presidente da Fundação Macaé de Cultura, Ivana Mussi. O evento será na praça Veríssimo de Mello, durando quatro dias. Cada município participará com um estande, com exibições típicas de cada localidade. A cidade de Campos, por exemplo, trará a dança do congo para ser apresentada na Feirart.
Para desde já promover integração entre os municípios participantes, com apoio da Fundação Macaé de Cultura, treze artesãos de Macaé estiveram em Varre-Sai, Porciúncula e Natividade, no Noroeste do estado, onde conheceram o trabalho dos artesãos destas cidades.
Artesãos de Macaé
Entre os artesãos que vão participar da Feirart, está Dilma Rouge Godim, de 53 anos. Ela usa tecido , malha e lycra para fazer tapetes, almofadas e colchas de retalhos, e vende seus produtos no Sana e na Macabaíba. Já a artesã Adriana Cavalcante Oliveira de Souza, de 31 anos, trabalha com biscuit, fazendo potes, bonecas, lembranças para diversas ocasiões, peças de decoração e ímãs para geladeira. Ela também tem seu material exposto na Macabaíba e na garagem de sua casa, no Bairro da Glória, onde montou uma oficina.
O artesão Miguel Mussi, de 56 anos, produz a roupa viva. Usando sementes de abóbora, melancia, bambus, algodão, folhas secas e sumos de capim, ele faz à mão a roupa viva, devidamente pintada com barro, mantendo os tons da terra. Mas Miguel avisa: “Esta roupa não pode ser lavada com sabão, só com água”.
Ele disse ainda que há uma demanda de 200 pessoas aguardando para iniciar o mesmo trabalho que o dele em seus bairros. “Nosso objetivo é fazer desfiles, vender as roupas em feiras e exportá-las”, avisa. Mas para iniciar os trabalhos de difusão do curso, é necessário realizar desfiles nos bairros, onde a entrada seria um saco de algodão para que todos possam fazer o curso. O saco custa R$ 2,00.