A Secretaria de Meio Ambiente de Macaé está cobrando da Fundação estadual de Engenharia e Meio Ambiente (Feema) a liberação da licença ambiental para a instalação do novo aterro sanitário do município. De acordo com o sub-secretário de Meio Ambiente, Carlos Renato Mariano, a prefeitura já cumpriu todas as exigências legais para a obtenção da licença. “Temos cobrado uma posição da Feema toda semana. É uma questão de burocracia, infelizmente”, disse o sub-secretário.
De acordo com o subsecretário de Meio Ambiente, o projeto do novo aterro sanitário, encaminhado à Feema em novembro do ano passado, já foi aprovado por técnicos do próprio órgão que estiveram no local. O novo aterro sanitário deverá ser construído em uma área a 25 quilômetros do centro urbano, próximo à BR-101, na saída do Imburo. “É uma situação estressante. O aterro sanitário atual já completou dez anos e está chegando ao seu limite. Precisamos desta licença o mais rápido possível, o município terá sérios problemas”, disse o secretário de Governo, André Braga.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, Macaé produz hoje cerca de 200 toneladas de lixo por mês. De segunda a sábado, das 8h às 17h, cerca de 80 caminhões despejam resíduos no aterro sanitário, . Em épocas de festas, como Natal e Ano Novo, a quantidade de lixo chega a dobrar. O aterro sanitário ocupa uma área de 100 mil metros quadrados. “Do jeito que está, o aterro tem uma vida útil de no máximo oito meses”, disse Abelardo Reis Filho, responsável pela empresa Zadar, contratada pela prefeitura para cuidar da coleta de lixo da cidade.
O projeto do novo aterro sanitário inclui a construção de uma central de tratamento de resíduos, um centro de triagem, áreas para tratamento de lixo hospitalar, de resíduos sólidos da construção civil e para despejo de caminhões limpa-fossa e resíduos das estações de tratamento de esgoto. Depois de implantado o novo aterro, a Secretaria de Meio Ambiente pretende criar um projeto de coleta seletiva de lixo. A idéia é fazer com que os resíduos, antes de serem despejados no aterro, passe por um centro de triagem, fazendo com que todo o material reciclável seja reaproveitado.
O aterro sanitário é o único método de disposição final de lixo. A implantação de aterros sanitários só traz benefícios para a sociedade, pois acaba com a agressão ao meio ambiente, evita o risco de poluição de mananciais ou de lençóis freáticos, impede a proliferação de vetores como moscas, baratas e ratos, além de possibilitar a utilização dos gases gerados pela decomposição da matéria orgânica como fonte de energia.