Foto: Rui Porto Filho
O projeto é respaldado por estudos técnicos e legislação ambiental
A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Ambiente, Sustentabilidade e Clima (Semas), realizou na última terça-feira (2), audiência pública para apresentar à sociedade a segunda fase do projeto “Restinga Boa é Restinga Nativa”. O encontro ocorreu das 10h às 14h, no auditório Cláudio Ulpiano, na Cidade Universitária.
A iniciativa dá continuidade às ações já realizadas nas praias dos Cavaleiros, Campista, Lagomar e Imbetiba, e tem como objetivo combater a dupla invasão biológica, uma ameaça silenciosa que compromete a biodiversidade da restinga da Praia do Pecado. Trata-se de uma área vital para o ecossistema costeiro e o projeto será executado de forma planejada por trimestres ao longo de quatro anos de ações que permitirão controle e adaptação às necessidades da restinga.
Durante a abertura, o secretário de Ambiente, Phelipe Salgado, ressaltou que o projeto é pautado por uma gestão ambiental responsável e transparente, com acompanhamento do Ministério Público.
“Contra a ciência, fatos e dados técnicos comprovados no Brasil todo, não se tem mais o que argumentar”, afirmou. Salgado também lamentou a polarização em torno do tema, destacando que o debate ambiental deve ser conduzido com base técnica e não por paixões. “Precisamos trabalhar o meio ambiente de forma holística”, completou.
“algumas pessoas continuam insistindo em propagar a ideia equivocada de que serão retiradas 90 árvores saudáveis, o que não corresponde à realidade técnica apresentada no PRF e divulgada publicamente pela secretaria”. E acrescentou: “A retirada será limitada às árvores mortas, doentes ou invasoras que se encontram dentro da área de restinga. Adiar essa intervenção pode permitir que essas espécies se desenvolvam a ponto de sufocar a vegetação nativa, dificultando e encarecendo a recuperação futura”, alertou.