O reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto Salles, afirmou nesta quarta-feira (23) que a pró-reitoria da universidade vai elaborar um projeto para ser apresentado ao Ministério da Educação (MEC) para a implantação do pólo da UFF na Região dos Lagos, com extensão em Macaé. Neste projeto, segundo o reitor, a idéia é a inclusão de um concurso público para professores e funcionários exclusivamente para a UFF de Macaé. As informações foram fornecidas pelo reitor após reunião com o prefeito em exercício, Carlos Augusto de Paula, o Carlão, no gabinete.
O prefeito em exercício lembrou que a UFF em Macaé é mantida pela prefeitura, sem recursos do governo federal. “Queremos que a UFF fique no município e ajude a arcar com as despesas, como acontece em outros municípios”, afirmou Carlão. De acordo com o presidente da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), Jorge Aziz, que também participou da reunião, todo o custo com o pagamento de professores e infra-estrutura acadêmica são feitos pelo governo municipal.
- Aguardamos da UFF a continuidade da parceria com a prefeitura, que demandaria por parte da universidade uma contrapartida com a contratação de professores concursados – destacou o presidente da Funemac. A secretária de Educação, Milmar Pinheiro, a vereadora Marilena Garcia, o assessor especial da Secretaria de Comunicação Social, Décio Braga e representantes do movimento estudantil também participaram da reunião.
Jorge Aziz destacou que a partir de abril, com a inauguração da Cidade Universitária, o objetivo é levar os dois cursos de graduação da UFF - Ciências Contábeis e Administração – para o novo pólo educacional de Macaé. “Recebemos uma noticia satisfatória do reitor da universidade, que demonstrou que já existia uma conversa junto ao MEC, com o Secretário Nacional de Ensino Superior, para que seja viabilizado um termo de comodato para a instalação definitiva da UFF em Macaé com a realização de um concurso público para o corpo docente”, avaliou.
Já a vereadora Marilena Garcia destacou que a reunião foi marcada pela maturidade do reitor, estudantes e governo municipal. “Houve um avanço em relação à estruturação de um novo modelo de universidade”, pontuou.
Representantes do movimento estudantil, como Afonso Madureira, Vitor Chelles e Gizelli Carestiato, afirmaram que vão continuar acompanhando as negociações para a permanência da UFF na cidade. “Houve um avanço por parte dos lados, queremos ir à Brasília falar com o MEC porque nosso objetivo é que o aluno não seja mais prejudicado”, disse Gizelli.