A forte ressaca que atinge o litoral macaense, desde sábado (28,) destruiu parte da Avenida Atlântica, no São José do Barreto, preocupando moradores. Desde o início da ressaca, os moradores estão vigilantes. Na tarde de segunda-feira (30), a situação começou a se agravar. Além de destruir a avenida, principalmente, na área não protegida pela vegetação de restinga, o mar quebrou muros, invadiu quintais e atingiu casas na orla do Barreto, onde residem cerca de 50 famílias.
Atendendo chamado dos moradores o secretário executivo de Obras, Tadeu Campos, esteve no local, na manhã desta terça-feira (31), vistoriando a área e constatando os estragos causados pela ressaca. Segundo uma moradora da área, que reside ali há 11 anos, esta é a quarta e a pior ressaca que atinge o local. “Foram quatro ressacas, mas essa é a mais forte. Aqui existia a Avenida Atlântica que era uma estrada de barro, larga e por ela passavam muitos carros, caminhões. Hoje, tudo acabou. O mar levou nossa estrada e está ameaçando as casas”, disse a moradora.
Conversando com outros moradores, o secretário disse que o prefeito Riverton Mussi está preocupado e determinou que fosse feito um levantamento das famílias residentes em área de risco na orla, para serem efetuados estudos sobre a desapropriação ou transferência para outro local, mas que os procedimentos não ocorrem depressa, para atender aos trâmites legais.
Tranquilizando os moradores, assustados com o avanço do mar, Tadeu Campos disse que levaria o problema ao prefeito Riverton Mussi e ver a possibilidade de iniciar a construção de um muro de contenção na área, como é feito na Fronteira. “Vou conversar com o prefeito e trarei o que for resolvido para vocês o mais rápido possível. Mesmo assim, será uma ação emergencial e paliativa e também não acontece rapidamente, porque há toda uma estrutura para que a ação seja direcionada ao São José do Barreto – disse Tadeu.
O secretário explicou que, além de falar com o prefeito e mostrar a necessidade, há toda uma logística, como contratar mais carretas, verificar as condições da pedreira para fornecer mais pedras e começar o trabalho. “Sei que existe a intenção do prefeito Riverton Mussi de desapropriar essa área para construção da Avenida Beira Mar, mas as desapropriações também são demoradas, porque é necessário aguardar os trâmites legais – falou Tadeu Campos.
Mar destrói parte da Avenida Atlântica também no Lagomar
Outro estrago causado pela ressaca foi a destruição de parte da Avenida Atlântica, no Lagomar. A avenida, de terra batida e larga, tem início nas proximidades do Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba, atravessa o Lagomar e vai até a entrada do Parque Aeroporto. Por ela, passam diariamente muitos carros, caminhões e motos. No bairro, a força das ondas vem provocando a erosão da avenida, destruindo principalmente as áreas onde não há vegetação de restinga, proteção natural da orla.
Além de destruir parte da Avenida Atlântica, o avanço do mar preocupa os moradores, com casas situadas de frente para a orla. Desde sábado, e com mais intensidade nas madrugadas, as ondas avançam sobre a avenida e chegam aos quintais e paredes das casas.
Tadeu Campos, secretário executivo de Obras, esteve também no local, na manhã de terça-feira (31), atendendo aos moradores e disse que vai informar a situação ao prefeito Riverton Mussi e que a Semob vai iniciar estudos para verificar a forma de recuperar a avenida destruída pelo avanço das ondas. O secretário informou que a Defesa Civil está alerta em toda a orla, monitorando a ressaca para atender aos moradores e, se for necessário, retirar ass famílias da área e conduzi-las para local mais seguro.